Eli S. Martins*
13.03.2015

Personagem do filme V de Vingança.

Personagem do filme V de Vingança.

Aos parentes e amigos da velhinha de Taubaté

Não se preocupem. A nossa Presidenta declarou na TV que a crise é muito menor do que parece. Antes não existia crise, mas agora ela é pequeninha. Uma titica de nada. 

Lição soteropolitana

Passeando em Salvador encontrei em muro de sanatório a seguinte placa: “Nem todos que aqui estão são, nem todos que são aqui estão”. Este dizer serve para a lista Lava Jatos?

Pergunta de meu vizinho

Por que dirigentes da Petrobrás, ligados ao governo, dariam dinheiro para seu opositor, Anastasia, do PSDB? Boa pergunta, diz meu vizinho.

Uma vez…

Acompanhando as eleições de um determinado politico escutei quando ele disse: “Temos que convencer ao povo que o meu adversário é ladrão”. Alguém, ingênuo, que estava na reunião, contra argumentou: “Mas ele vai responder da mesma maneira”. E o político foi taxativo: “Que eu sou ladrão o povo já sabe, quero agora que ele pense que meu adversário também é”. Será esta a estratégia do Planalto?

Pra quê?

Pra quê o Procurador Geral da República foi encontrar o Ministro da Justiça nas vésperas de entregar a lista do Lava Jato ao STF? Pra quê?

P da vida.

Foi assim que a Rainha do vermelho desbotado ficou quando soube que Aécio estava fora da lista. Dizem as más línguas.

República ou Monarquia?

Segundo alguns especialistas da lei, a Constituição não proíbe que a Presidenta seja investigada por fatos tidos como ilícitos ou criminosos, anteriormente a sua posse como presidente. Proíbe que seja processada. Investigação e processo são coisas distintas. Ela pode e deveria ser investigada para, caso se encontrem provas, seja processada após deixar a presidência. Vivemos em uma República ou Monarquia?.

Quem acredita?

O Ministro da Justiça diz e jura de pés juntos que a Presidenta não está sendo investigada por cláusula constitucional, mas por falta de indícios de corrupção. Será? Não é o que o Procurador Geral da República disse.

Somos idiotas?

O Ministro da Justiça fez um discurso de palanque para defender Dilma. No entanto, por pelo menos duas vezes esteve com o procurador geral da república sem constar na agenda, além de advogados das empresas envolvidas com o escândalo da Petrobrás. Inclusive nas vésperas da entrega da lista da Lava Jato ao STF. Um dos motivos alegados para um dos encontros “secretos” foi o da segurança do Procurador Geral da República, cujo domicílio teria sido invadido em sua ausência. Coisa comum em Brasília no mês de janeiro. Engraçado, o encontro foi dias e dias depois do evento. Será que alguém acredita nestas coisas?

A corda sempre rompe do lado do mais fraco

Meu vizinho não entendeu nada. Quem nomeou a maioria dos dirigentes da Petrobrás não foram o PT e o PMDB? Por que foi o PP quem mais sofreu? Simples, meu caro confeiteiro: o diretor que delatou, Paulo Roberto, foi o indicado pelo PP. Aquele indicado pelo PT, Renato Duque, nem ficou preso, apesar de muito citado pelos delatores. O juiz Sergio Moro, inclusive, pediu sua prisão, mas foi negada pelo STF. Da mesma forma, o diretor indicado pelo PMDB, Ceveró, também não delatou. “Ah! Sim. Se os outros falarem não restará ninguém na República. É isso?”, exclamou meu vizinho confeiteiro. Será?

 Vale a pena ler

Recomendo o artigo do senador Cristovam Buarque em O Globo: O deboche é perigoso. Bota perigo nisso.

Essa do Gaspari é boa: taxa petista

“Quando o PT estava na oposição, Lula dizia que o Congresso tinha 300 picaretas. Depois de 12 anos de governos petistas, o ministro Cid Gomes, diz que os achacadores são 400. Donde, a taxa de picaretagem aumentou em mais de 30%.”

Mensalão 2

Youssef resumiu tudo: “O parlamentar não recebia por uma votação específica, mas recebiam valores mensais e ficavam vinculados a votar (no Congresso) junto com a liderança, em favor do governo.” Pronto. Precisa mais explicação?

Pior do que a gente imagina

Se Noblat estiver certo estamos perdidos: “Quem pensa confusamente quase sempre se expressa confusamente. Desse mal padece a presidente Dilma Rousseff. Ela só se expressa bem quando lê o que lhe escrevem.”

* Observador anônimo da política nacional.