A questão Palestina se arrasta desde a criação do Estado de Israel como o principal fator de instabilidade e conflitos no Oriente Médio. Explosões periódicas de violência, atos terroristas e invasão territorial com a morte de civis, marcam a história desta região e realimentam o ódio entre os povos semitas, árabes e hebreus. A escalada de violência destas últimas semanas, culminando com a lamentável invasão da Faixa de Gaza pelo exército de Israel, parece demonstrar a impossibilidade de um acordo político para a questão palestina, dominada pela intolerância de lado a lado. E, no entanto, em 1993, com a assinatura dos Acordos de Oslo, o caminho da paz estava devidamente pavimentado e legitimado pelas lideranças fortes de Yasser Arafat, líder da OLP-Organização da Libertação da Palestina, Yitzhak Rabin, primeiro ministro de Israel. Este entendimento, que levou à retirada das tropas israelense de Gaza e da Cisjordânia e formação Autoridade Palestina, teve um patrocinador com poder de influência decisivo na região: o presidente Bill Clinton, dos Estados Unidos, país do qual Israel tem uma clara dependência diplomática, militar e econômica. Os radicais dos dois lados, que perdem com a paz, trataram de implodir o acordo, começando com o assassinato de Rabin por um judeu fanático. Onde está o Presidente dos Estados Unidos, agora que o Hammas e o Estado de Israel trocam misseis e que o exercito israelense invadiu a Faixa de Gaza? Tímido, vacilante, tendencioso. Presidente Obama, o senhor poderia e deveria intervir como moderador ativo e poderoso para forçar o cessar fogo imediato, a retirada das tropas de Gaza e a retomada das negociações que restaurem os Acordos de Oslo. Sim, Mr Obama, o senhor ainda pode!