Ao longo da acirrada campanha eleitoral, a propaganda da candidata reeleita para a Presidência da República insistiu em vender ao eleitorado que o novo governo teria novas ideias. Na campanha, contudo, não disse quais as ideias novas que norteariam o seu segundo mandato. Toda a propaganda se concentrou em ressaltar o sucesso do governo que acaba. O que leva de imediato à pergunta: por que ideias novas se tudo está dando certo? Na propaganda eleitoral e nos debates, tudo que foi apresentado como proposta de governo foi mais do mesmo (Bolsa Família, Pronatec, Minha Casa Minha Vida, PROUNI, Mais Médicos (agora, com Mais especialidade). A única novidade anunciada foi a Escola em Tempo Integral. Como o primeiro governo de Dilma Rousseff não foi exatamente um sucesso, especialmente na economia, o “mais do mesmo” significa a manutenção dos programas e iniciativas emergenciais e o afrouxamento dos gastos e do equilíbrio fiscal com possível agravamento dos desequilíbrios econômicos, baixo crescimento e alta inflação, que corroem o emprego e o poder de compra dos brasileiros, principalmente dos mais pobres. O Brasil precisa mesmo de “novas ideias”, mas fica no ar a pergunta: se não for apenas mais do mesmo, quais são essas novas ideias do segundo mandato de Dilma Rousseff? Torcemos para que, na política econômica, algumas medidas que já se sabe fundamentais possam sem implementadas. Para o Brasil conter as pressões inflacionárias, que já vêm anunciando uma crise econômica, precisa com urgência de uma gestão macroeconômica responsável. Para sua integração na economia global, urge reformas estruturais (tributária, trabalhista, da administração pública e do pacto federativo) que viabilizem essa integração por uma maior competitividade e produtividade da economia.