Recife, Brasil, 1964 – Éramos crianças, eu tinha seis e meu irmão três anos, e estávamos sentados no banco traseiro de um carro alviverde, de marca Rural. Voltávamos para a rua da Aurora depois de um domingo costumeiro onde o programa fora cumprido à risca…
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Aconteceu em João Pessoa, nos primeiros anos da década de 50 do século passado, eu tinha uns doze ou treze anos. Estávamos terminando o almoço domingueiro, em nossa casa na rua enladeirada que, àquela…
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A tarde já se encaminhava para o fim e o sol ficou benevolente, quase convidativo. Veramundo assuntou o tempo enquanto tomava um chá gelado na varanda da casinha de madeira e achou que tinha alguns minutos de sobra para dar um passeio.
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Quem quiser reconhecer um alemão no restaurante, no avião ou em qualquer lugar público onde…
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Meu pai nasceu em 28 de maio de 1928. Segundo filho em uma família de classe média baixa, bem modesta, ele me contou que lia à noite à luz de velas para não encarecer a conta de energia da casa.
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“O grande perigo da embriaguez é que ela não deixa afundar a verdade, pelo contrário. O que ela faz remontar à superfície, o que ela revela do indivíduo, não é sua vontade presente, mas sua história…
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Na semana seguinte à publicação de “Mitologia íntima da margem esquerda do Capibaribe” – aqui na Será? -, minha vizinha de apartamento em São Paulo faleceu. O convívio com D. Esther durou apenas…
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Quem transita com frequência pela chamada ala norte do aeroporto do Recife, lá pela altura do portão quinze, há de ter notado por ali um senhor grisalho, apoiado numa bengala…
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Véspera de São João. Carmen Chaves passa na minha casa; vamos com chuva e tudo para a Rua da Palha em Olinda, onde haverá festa de rua.
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Teresa Sales Saímos de Tiradentes às 11:30. O sol já aquecera o dia e eu estava abrigada para o desconhecido. Ele vai debulhando grão a grão as contas de sua vida. Vez por outra diz que quer saber da minha. Quer. Quer não. Eu estou mais interessada nas montanhas mineiras, no verde da estação seca, […]
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Fernando Dourado “Eu tenho medo e ódio das cartas; são laços. Esses pequenos quadrados de papel que levam meu nome me dão a impressão de fazer, quando os rasgo, um barulho de correntes – o barulho das correntes que me prendem aos vivos que conheci ou que conheço. Todas me dizem, ainda que escritas por […]
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Eu já andava do meio para o fim da leitura do meu livro de cabeceira dessa viagem, “Del amor y otros demônios”, de Gabriel Garcia Marquez, quando chegamos a Cartagena.
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No final da tarde quente de verão, entrei na cidade histórica carregando um sonho e, junto com ele, uma imprecisa inquietação. Um vento forte soprava do sul levantando uma poeira densa que filtrava a luz…
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EM NOITE MEMORÁVEL DA ADOLESCÊNCIA, fui ao cinema de arte do Recife ver o aclamado filme de Fellini. Meu primo e eu saímos da sessão levitando e em silêncio.
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O primeiro dia foi no domingo de nossa chegada. Estávamos no apartamento do hotel nas primeiras arrumações para uma morada de uma semana.
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