A Copa do Mundo acaba neste final de semana (para o Brasil já terminou de forma melancólica) e começa outro grande espetáculo: a campanha eleitoral. Este espetáculo, no entanto, longe de unificar a nação, como nos jogos da seleção brasileira, divide o Brasil numa disputa acirrada pelo voto dos brasileiros. A campanha dificilmente mostrará as diferenças de concepção e propostas de governo, na medida em que todos os candidatos são levados a dizer o que a maioria da população gostaria de escutar e os marqueteiros (com pesquisa na mão) se encarregam de empacotar, embelezar e florear. Assim, escondem as divergências de fundo e brigam no terreno publicitário, despertando as fantasias e ilusões da população. Esse é o espetáculo de imagens e mecanismos de sedução publicitária. E, no entanto, existe sim uma grande diferença entre os candidatos a presidente da República, diferença que pode ter repercussões muito importantes para o futuro do Brasil. As diferenças se manifestam na condução da política macroeconômica com o controle da inflação, no papel do Estado e sua relação com o setor privado, e na responsabilidade e capacidade de gestão pública. Mas a grande questão que se impõe na escolha do futuro presidente do Brasil remete ao diagnóstico da realidade brasileira: o presidente que vai assumir este país a partir de 2015, com todas as suas dificuldades e estrangulamentos, deve partir do entendimento que o problema do Brasil, tanto econômico quanto social, é um problema estrutural e decorre, principalmente, do baixo nível da educação e da qualificação profissional que comprometem a produtividade e a competitividade da economia, consolidam as desigualdades sociais e impedem o crescimento econômico. O candidato que ignorar este diagnóstico não vai implementar reformas estruturais e políticas transformadoras capazes de preparar o Brasil para o futuro.
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Excelente editorial. Nada de chorar a derrota futebolística histórica, uma leve menção. E foco no essencial: o problema estrutural da educação. Não quis ironizar com a noticia do governo que vai intervir no futebol, criticando a CBF e cia. Justo oportunismo político. O mesmo que fez a presidente declarar um projeto de reforma politica no dia 21 de junho de 2013 quando milhões estavam nas ruas distribuídos em centenas de cidades. Ela que havia assumido em 1 de janeiro de 2011. Ou seja falou da relevância da reforma política dois anos e meio depois. Para em seguida esquecer. Como vai esquecer brevemente esta história de intervir nesta estrutura fossilizada que é a CBF e cia.
A manchete do Correio Braziliense, foi interessante. Governo vai intervir no futebol O que fez minha mulher perguntar. Como assim? Dilma vai jogar de goleiro?
além da educação e saúde A HONESTIDADE.
Certíssimo o editorial ao dizer que “o problema do Brasil, tanto econômico quanto social, é um problema estrutural e decorre, principalmente, do baixo nível da educação e da qualificação profissional que comprometem a produtividade e a competitividade da economia, consolidam as desigualdades sociais e impedem o crescimento econômico”. Chega de ouvirmos promessas de um lado e de outro, queremos ações. Chega de bolsas disto e daquilo, queremos brasileiros preparados para exercerem profissões e melhorarem suas qualidades de vida sem dependências do governo.
Recentemente vi na mídia que um voto para deputado federal no nordeste vai custar cerca de R$ 200,00 e quem quiser se eleger deve dispor de R$ 10 milhões.
Quem se dispõe a gastar isso?
Aquele que consegue arrecadar uma parte e que dispõe de outra parte em recursos próprios. Como consequência disso, o que foi arrecadado deve ser devolvido em forma de benefícios gerados pelo mandato público (que vira privado) e os recursos próprios devem retornar em forma de propina, pois daqui a 4 anos tem que ter R$ 10 milhões novamente. Esse sistema eleitoral precisa de uma reforma urgente e prioritária.
O artigo é importante quando abre o debate para as questões estruturais do país. Essa do sistema eleitoral é importantíssima para melhorar a qualidade no parlamento.
As eleições têm sido o jogo em que o Brasil mais tem sido goleado. Muito pior que os 7×1…