Os milhões de brasileiros que participaram das grandes manifestações de Junho rejeitaram a violência como forma e método de protesto e de defesa das suas reinvindicações, desautorizando os pequenos grupos agressivos e suas ações destrutivas do patrimônio privado ou público. O slogan “Vandalismo não!” foi defendido e levantado em cartazes em quase todas as passeatas Brasil a fora procurando se diferenciar da fúria destrutiva dos jovens armados de barras de berro e bombas molotov. Depois que deixou seu recado nas ruas, os milhões de manifestantes voltaram às suas atividades enquanto aguardam a resposta dos governantes. Entretanto, nesse interregno, descolando completamente das manifestações pacíficas de Junho, grupos organizados e inspirados no movimento Black Blocs, espécie de anarco-fascismo intolerante e agressivo, tomaram as ruas e partiram para a ação agressiva pura a simples. Com o discurso anarquista contra o poder e o chamado “Estado policial” (estão falando da Síria?), capitalizando o ressentimento de jovens brasileiros sem perspectivas, o movimento se diz portador de um “vandalismo positivo”, a destruição violenta como prática política. Para que? Dificilmente sabem o que pretendem construir sobre as cinzas das suas bombas e golpes, totalmente ocupados com a destruição, quase implorando por uma resposta violenta e repressiva do Estado. Decididamente não, o vandalismo não constrói nada e termina tendo o efeito negativo de desmobilização dos milhões de brasileiros que acreditam nos meios democráticos de solução dos conflitos.
Conselho Editorial
Muito bom e oportuno o editorial contra o vandalismo que termina desarmando as manifestações. Mas não podemos esquecer que maior vandalismo do que quebrar vidraças é queimar florestas, deixar mães em porta de hospital e crianças fora de boas escolas. Cristovam
E inacreditavel como os participantes das passeatas de protesto , tem pouca inteligencia e sao covardes.
NAO deviam aceitar os vandalos e os baderneiros ” participarem” das passeatas.
Deviam ter dado ” porradas” ,principalmente nas maos e deixar sequelas .
POLICIA MILITAR ?
Somente para prende-los.
O melhor remedio para acabar com os vandalos e baderneiros e ” PORRADAS”.
NAO devem deixar os vandalos e o baderneiros prejudicar uma atitude tao importante e util.
E as passeatas NAO podem deixar de existir.
TEM que haver pressao popular constantemente.
UNIAO E COLABORACAO , O RESULTADO E : SUCESSOS .
O povo unido, jamais sera vencido .
TEM que haver FAXINA , temos que eliminar ( politicamente ) os POLITICOS LADROES das verbas publicas e os mentirosos.)
Temos que eliminar as RATAZANAS que ” comem” nosso dinheiro (impostos e taxas publicas) .
Temos que eliminar a frase: ” BRASIL , um “pais” de tolos.
O BRASIL tem que ter ORDEM e PROGRESSO .
E nunca ,” DESORDEM E RETROCESSO “.
E nao fazer o que esta escrito no Hino Nacional brasileiro ,
” DEITADO ETERNAMENTE EM BERCO ESPLENDIDO ”
So faltou completar , ” AO SOM DA ” MUSICA ” BAIANA .
MUDEM , BRASILEIROS.
O BRASIL e lindo e temos tudo para sermos um pais igual e ou melhor do que os paises do Primeiro Mundo.
UNIAO E COLABORACAO O RESULTADO E : S U C E S S O S .
RECLAMAR E OU CRITICAR, E COLABORAR PARA MELHORAR.
MUDEM , BRASILEIROS.
EU e meus familiares ( esposa e tres filhos) residimos na California, U.S.A. , SOMOS CIDADOS NORTE-AMERICANOS ,POR LEI.
Jamais esqueceremos o BRASIL.
Grato e sucessos .
Abraco.
ITO CAVALCANTI
CALIFORNIA, U.S.A..
Companheiros e amigos:
Estamos de pleno acordo, quanto à veemente repulsa à violência e ao vandalismo, que atravessaram as manifestações históricas em nosso país, de junho de 2013. (e nesse vandalismo eu incluo aquele também exaustivamente praticado, no transcurso de todos os acontecimentos de junho, por forças policiais, a serviço do Estado).
Concordamos também quanto ao despropósito e mesmo à inutilidade das ações praticadas pelos grupos que se desgarraram das manifestações e do espírito que as norteou, deixando nas ruas um dos recados mais belos, independentes e corajosos, entre muitos que já estão inscritos na história do nosso povo.
Concordamos, sim, nesses dois aspectos. Mas começamos a discordar, quanto ao peso e a dimensão a ser atribuídos ao protesto, diante das ocorrências. Eu protestaria não pela violência em si (e aqui vai meu primeiro reparo às considerações dos companheiros da Será?, na “opinião” divulgada nesta semana), com que tais ações foram e ainda estão sendo conduzidas. Continuo considerando verdadeira a sentença lapidar de um pensador que já esteve bem mais próximo do meu pensamento do que hoje, mas ao qual continuo dispensando grande respeito intelectual, que nos remete a um fato inconteste: “a violência é a parteira da História”.
Mas não só isso torna um pouco diferente o peso atribuído ao meu repúdio, em relação ao expresso pelos editores da revista. Ele difere também porque – e aqui vai um segundo reparo –, por mais execráveis que tenham sido os atos praticados nas manifestações de julho e os ainda em curso neste mês de agosto, não podemos dimensioná–los isoladamente. Ou seja: eles não estão perdidos no espaço, sem nenhuma vinculação ou parentesco, com o contexto político–econômico–social, dentro do qual todos vivemos. Sem aprofundar nada, nos limites mesmo de um mero comentário a um artigo, bastaria recorrer à famosa 3ª Lei de Newton (a toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade), para compreeender que esses atos estão enraizados em nosso tecido político–social. Nesse tecido, eles encontram sua razão mais profunda. E qualquer exercício para listar as enormes, insensíveis, cruéis, diuturnas aberrações e violências cometidas contra milhões de brasileiros, por uma superestrutura de poder que se desgarrou absolutamente da sociedade que a teria produzido, vai nos fazer concluir que o que está ocorrendo nas ruas nesses dois últimos meses, nos depara com a mais triste das constatações: qualquer dos fatos violentos ocorridos expressa muito pouco o grau de revolta justificável diante dessas aberrações.
Darei um exemplo real, sem citar nomes ou configurar responsabilidades, já que o objetivo aqui não é de denúncia. Uma amiga, classe média–média, com grau superior de educação e largo relacionamento em amplos setores sociais da nossa cidade, sofreu um acidente em fevereiro. Por circunstâncias financeiras momentâneas, foi pega sem plano de saúde e teve de ficar “sob os cuidados” do nosso Sistema Único de Saúde (SUS). O problema por ela vivido era ortopédico e foi diagnosticado como passível de cirurgia: ela teria que colocar alguns pinos na região atingida no acidente. Depois das demarches e incongruências burocráticas de praxe, a operação foi marcada. Isso, já a dois meses do acidente e ainda assim passando por cima de milhares de pacientes, que não tinham a condição social e o círculo de relações sociais de que ela desfrutava. Tudo bem. Ninguém nasceu pra “palmatória do mundo” e as diferenças e contradições entre classes sociais existem exatamente para permitir coisas assim: minha amiga seria operada com 2 meses de retardo; os milhares que sobraram, paciência, serão provavelmente operados em novembro/dezembro, senão no curso do próximo ano.
Mas vamos à operação. Feitos os preparativos pré-operatórios, já na maca que a conduziria ao bloco cirúrgico, minha amiga foi avisada de que os dois médicos responsáveis (o cirurgião e o anestesista) teriam contraído uma gripe fortíssima, e a operação teria que ser adiada para dali a uma semana. Bom. A razão era verdadeira e justificava o adiamento.
Na semana seguinte, lá estava ela, se preparando para nova intervenção. Já a caminho do bloco cirúrgico, na maca, teve a notícia: os pinos que deveriam ser introduzidos na região afetada estavam em falta. Não houve choro que impedisse novo adiamento.
Na semana seguinte, cumprido o ritual de sempre, lá estava ela. Receberia a notícia, que
seria cômica, não fosse cruelmente trágica e torpe: o jogo do Brasil X Uruguai, pela Copa das Confederações, ocasionaria novo adiamento.
Na semana seguinte, pela quarta vez consecutiva em vias de se operar, seria informada que os médicos haviam decretado um dia de greve e assim… Foi informada então que o anestesista entraria de férias e por conta disso o procedimento só poderia ocorrer dali a um mês e uma semana, prazo ao fim do qual a operação enfim se realizou. Para felicidade geral da nação, tudo correu bem e o prognóstico da equipe médica sobre a paciente é dos melhores.
Mas a pergunta não pode calar: se tudo isso ocorresse com algum dos nossos filhos, quem poderia nos conter, se saíssemos, diante de algum dos cínicos motivos dos sucessivos adiamentos, quebrando tudo, inclusive dentro do hospital? E a pergunta subsequente: se o fizéssemos, quem atiraria a primeira pedra?
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A Revista Será? Quando usa o termo “ANARCO-FASCISMO” quer expressar que o movimento Black blocs parece ter uma matriz anarquista mas termina exercendo uma prática fascista com a intolerância diante das diferenças de manifestações e a agressão a jornalistas. Em relação aos comentários:
1. Cristovam tem razão quanto a outras formas de “vandalismo” mas o que nos preocupa nestas formas urbanas é o efeito negativo que pode provocar nas grandes e pacíficas manifestações de protesto contra a corrupção e a deterioração dos serviços públicos
2. Chico de Assis está certo quanto ao ódio e ressentimento acumulado em amplos segmentos da população marginalizada que nos permite entender algumas explosões agressivas no meio das manifestações, mesmo porque o ambiente pode levar a estas explosões. Ocorre que, da nossa percepção, as ações agressivas atuais parecem muito bem organizadas e preparadas com o objetivo destrutivo, o que se expressa na afirmação de um líder do movimento de que existe um “vandalismo positivo”. Do nosso entendimento, existe uma explosão compreensiva de violência, mas não um “vandalismo positivo”. Inclusive porque este vandalismo organizado e programado pode esvaziar os verdadeiros e legítimos atos públicos de massa.
Os Editores
Acredito que a população brasileira vem sendo vítima de atos violentos, que podem ser considerados, até, como vandalismo, quando não são atendidas em suas necessidades básicas para uma vida digna, sem atendimento à saúde, escolas sem condições de funcionamento e de baixa qualidade, sem espaços públicos para lazer , convivendo com esgotos a céu aberto, sem segurança no seu direito de ir e vir e tantas agressões mais. No entanto, acho que é este sentimento de indignação contra tais desrespeitos que tem levado multidões às ruas, para protestar e cobrar dos responsáveis atitudes de mudança. Enquanto multidão, é natural que aconteçam ações de massa, com práticas violentas, depredações, ocupações, mas que são, com algum tempo, contidas. O que chama a atenção é o fato de que, a partir de um certo momento da eclosão destes movimentos, uma série de ações de violência praticada por grupos organizados passem a ocorre, pondo em risco a própria legitimidade dos movimentos. Ainda não se sabe de que segmentos partem tais ações, mas, um fato é sensível: eles vêm ponde em risco a segurança dos próprios manifestantes e da sociedade em geral, vem agindo como grupos marginais, como os vinculados a organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro e outras cidades no Brasil,atirando bombas, pondo fogo em ônibus, destruindo patrimônio público e provocando pavor na população, inclusive, que quer mudança. De onde eles vêm? da extrema esquerda, da extrema direita, perdidas no tempo, ou de setores que desejam desmoralizar e desarticular os movimentos reivindicatórios? esta é a questão.
Prezados Editores:
Vandalismo Positivo? Vandalismo Negativo? Valei-me Mikhail Aleksandrovitch Bakunin !!!
Manifestação pacífica SIM. Quebradeiras NÃO. O preço da democracia (nova) brasileira custou caro ao País, aos amigos(as), as famílias de desaparecidos(as) políticos(as), aqui assim como nas véias abertas da América Latina. O Slogan o que é bom para o U.S.A, é bom para o Brasil está vencido.A ordem mundial é outra e o Brasil tem uma janela aberta para nela se postar: com educação para o seu povo, saúde (não necessariamente “padrão” FIFA), mas que atenda dignamente e com qualidade, via prevenção, e tecnologias disponíveis de alta complexidade em qualquer unidade SUS, moradia, e acima de tudo incluir os excluidos e marginalizados, que ao longo da história do “Estado Oficial”, não teve o olhar do “Estado Real”.A Constituinte Cidadão do timoneiro Ulisses Guimarães e tantos outros da época das nuvens de chumbo, poderia ser revista, e conter um único artigo:
Artigo primeiro: Educação, educação, educação para todo o povo deste País.
Parágrafo único. Cumpra-se
Brasília, um certo dia de um certo ano de um certo século.
” o passado é como olhar pelo espelho do retrovisor”
Engenheiro, professor, pesquisador de C, I, T – Recife-Brasil.
É fácil falar não ao vandalismo quando não são vocês que recebem, diariamente, a violência do descaso e repressão do governo, e vivem com os valores de uma classe média alta. Abraço a todos. Os black bloc não estam contra o povo, e sim contra estado. Passeata pacífica se tornou exemplo de gestão do governo local.
Panina
Acho que devemos viver e atuar politicamente com os valores da democracia, o que pressupõe também manifestação, critica, mobilização e pressão politica, e não com os valores de uma determinada classe (seja média, alta ou baixa). A violência, organizada e programada antes mesmo de qualquer reação do Estado ou da policia, carregando bombas molotov no meio dos manifestantes pacíficos, é anti-democratica, intolerante, agressiva e destrutiva, independente do grupo de interesse que a pratique. Confesso, cara Panina, que não entendo o que pretende dizer quando fala que a passeata pacífica se tornou exemplo de gestão do governo local. A passeata tem que ser necessariamente violenta para ser eficaz e provar-se como oposição? Os milhões de brasileiros que se manifestaram em junho eram comprados pelo governo local? E, afinal, os black blocs pretendem alcançar o que com esta explosão de violencia? Apenas mais violência? Ou acham que vão conseguir alguma conquista incendiando ônibus e quebrando metro, precisamente os serviços que servem à população (e não à classe média alta). Entendendo que os Black blocs tenham propósitos honestos, na violência contra equipamentos públicos, bancos e ônibus não estão contra o Estado e sim contra as manifestações do povo por politicas publicas que melhorem os serviços públicos. Ou não é isso que querem? Abraços, Sergio
Recebi um e-mail do Editor de Mídias e fiquei curioso em conhecer essa tal revista. Primeira coisa que leio foi esse texto acima. Não leio mais nada. Abraço, que fracasse essa porcaria parcial. Oportunistas.
Caro Rafael:
Nossa revista é uma revista de opinião, procuramos a divergência.
Lhe convido e fazer sua crítica em termos dialogáveis, exponha suas ideias explique-nos em que estamos sendo oportunistas.
Queremos lhe ouvir, e de preferência dar continuidade ao debate.
Sem termos chulos ou agressões que apenas mascaram a verdade.
Saudações,
João Rego – Editor de Mídias
Revista Será? Penso, logo duvido.
http://www.revistasera.info
A violência, Raphael, física ou verbal, é o ultimo recurso para a carência de argumentos. E a intolerância é uma proteção para a fragilidade de convicções e o temor de ouvir o contraditório, fruto da desconfiança na própria capacidade de fundamentar suas ideias. Pense nisso! Sergio
Prezado,
1) Meu nome é Raphael, não Rafael;
2) Não vi divergência, só convergência com a política em vigor;
3) Não vou perder meu tempo expondo minhas ideias em local propenso a ignorá-las ou desqualificá-las;
4) Termos chulos são necessários para descrever atitudes chulas;
5) Agressões é o que o povo sofre todos os dias nas filas dos hospitais, sendo despejadas de suas casas para construções de estádios, ou assistindo a impunidade e o deboche de assaltantes dos cofres públicos travestidos de políticos (e também dos que se beneficiam, de alguma forma, via ONG ou outras maracutaias para obter “incentivos” – ou em alguns casos, calabocas – dos governantes, visando manter a companheirada com alguma boa fonte de renda através de pouco (ou nenhum) trabalho). Não é o caso dessa revista, imagino eu, né?
Pelo visto, pensamos diferente demais.
Por isso, não tenho interesse na revista e nem no debate.
Caro Raphael:
Escrevo esta resposta não com a intenção de estabelecer um debate com você, já que sua posição é irredutivelmente contra a troca de ideias que ameacem a sua posição, ou visão de mundo.
Escrevo porque, você, assim como muito outros brasileiros que foram as ruas para depredaram os bens públicos e privados nas demonstrações recentes, apresenta um perfil psicológico e social sobre o qual me interessa refletir.
Faço parte de uma geração, tenho 58 anos, que viveu sob o pesado manto da Ditadura Militar e, na época, muitos jovens – com perfis parecidos com o seu, só que um pouco mais ilustrados – partiram para ações extremas: a luta armada contra um Estado autoritário. Não havia liberdade de expressão e até mesmo uma simples conversa na mesa de um bar era motivo para sermos perseguidos e aprisionados.
O medo e a paranoia, em conflito com a revolta e a sensação de impotência, eram nossos companheiros do cotidiano.
Muitas vidas foram sacrificadas, torturadas, debilitando seus espíritos de forma brutal e irreversível. Outros tantos foram presos. Estou aqui falando de jovens com 22, 23 anos.
Veio, enfim a abertura política, lenta a gradual como definiu os militares, para, depois de longos anos, chegarmos a democracia, ainda engatinhado, mas democracia. Isso foi lá pelos anos 80.
O Brasil vive em uma democracia consolidada há décadas e aí é que está à raiz do nosso problema. Não que eu seja contra a democracia, muito pelo contrario, mas reconheço que a classe política, antes heroica e militante, se esvaiu, transformando-se em um sub extrato da mediocridade – sempre com as raras exceções para confirmarem a regra.
Como isso pode acontecer?
A sociedade – seguindo as regras da democracia – não pode (ou foi impedida) de dar um salto de qualidade em sua formação política (Ah! A nossa elite!) e assim, vem reproduzindo, eleição após eleição, políticos e sistemas partidários ideologicamente amorfos, onde os interesses escusos predominam de forma descarada, diante de todos nós.
A REVOLTA LATENTE QUE NINGUÉM VÊ. (SIDNEY MILLER)
As revoltas de junho e julho de 2013 eclodiram como algo que estava há décadas fervilhando. Isso é muito importante para a democracia, muito importante mesmo! Mas se dermos um sentido lógico, se tivermos estratégias de ação bem definidas identificando, com clareza onde estão nossos inimigos. Aí Rafhael, se fizeres este esforço descobrirás que o inimigo está muito mais próximo do que imaginas. Está dentro de você, alimentando tua intolerância, guardada por uma ignorância radical que lhe enche de certezas cegas e revoltas.
É este inimigo que o Estado gosta, pois será tratado pela repressão e balas de borracha.
O Estado teme o conhecimento, este sim é uma ameaça, pois pode compreender as suas entranhas e transformá-lo. Dentro das regras do jogo democrático. Dá um trabalho arretado ,mas as mudanças serão perenes e estruturadoras para as futuras gerações.
Troque o tijolo de quebrar vidraças por um livro e comece o trabalho. Sua geração tem um desafio enorme pela frente: construir uma nova classe política, que monitoradas por uma sociedade – mais ativa, esperamos todos nós! – siga para um futuro que possa honrar aqueles que tombaram nos anos de chumbo.
João Rego – Editor de Mídias
Revista Será? Penso, logo duvido.
http://www.revistasera.info
Meu nome é Maria! Também recebi um e-mail e resolvi conhecer este projeto; gostei e espero que tenha sucesso. Ele possibilita, no minimo, uma reflexão sobre a diversidade de opiniões e sobre o quanto a moral pode ser relativa.
Tenho feito um esforço sincero para ver sentido na violência dos jovens que estão indo às ruas com a cara coberta, mas não consigo; gostei mais dos caras pintadas. Talvez eu seja uma inocente útil (ou inútil)!
Sem ter certeza de nada, com uma coisa eu concordo: precisamos de muito, muito, muito investimento em educação básica e fundamental. Precisamos qualificar os debates na base, no cotidiano de todos os brasileiros.