Le Serment du Jeu de paume par Jacques-Louis David.

Le Serment du Jeu de paume par Jacques-Louis David.

Se existe algo neste país de tantas divergências que todos brasileiros concordam é a necessidade de uma reforma política. É um grande exagero entende-la como “a reforma das reformas”, como afirmam alguns que a vêm com uma panaceia para todos os males do Brasil, mas não há dúvida que o modelo atual é inapropriado e viciado. Mesmo assim, ninguém se entende em torno de um novo sistema político e eleitoral, menos ainda os congressistas e os partidos políticos. E a reforma fracassa e morre nos conflitos de interesse político-partidários, cada partido e parlamentar preocupado com sua posição e sobrevivência em um novo cenário definido por cada alternativa. Por enquanto, apenas a eliminação da reeleição para cargos executivos como se fosse a solução para a corrupção eleitoral e o abuso de poder com a máquina. Vale lembrar que, no passado, os presidentes, governadores e prefeitos também usaram e abusaram do poder para eleger seu sucessor. Para o cidadão comum e para políticos (muito poucos) que pensam o Brasil, o modelo atual padece de três graves problemas: crise de representatividade com o total descolamento dos parlamentares da sociedade; corrupção e desequilíbrio de forças por conta das bilionárias campanhas eleitorais; e crise de governabilidade pela colossal fragmentação de partidos com uma grande maioria de partidos de aluguel e de negócios escusos. Entre todas as propostas em discussão, duas são fundamentais para melhorar a representatividade e a governabilidade: a proibição de coligação proporcional (onde se alugam partidos) e, principalmente, uma elevada cláusula de barreira que restrinja a representação no Congresso. Atualmente, dos 28 partidos representados na Câmara de Deputados, 18 têm menos de 20 parlamentares e 12 não alcançam 5 parlamentares. O que eles representam?