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Money art by Donovan Clark.
Agora foi a Moody’s, a terceira agência de avaliação de riscos, que retirou a nota de bom pagador do Brasil. O país entrou na categoria de especulativo, o que representa risco para os investidores. Os motivos são conhecidos de todos: deterioração rápida das contas públicas com o aumento do déficit e da dívida pública, recessão econômica e desconfiança na capacidade política de enfrentamento da crise. Em setembro, a agência Standard & Poor’s iniciou o processo de rebaixamento do Brasil, seguida pela Fitch, em dezembro, e completado agora com a Moody´s. As agências constituem espécie de avalistas dos investidores e aplicadores financeiros no mundo, orientando as suas decisões para os países de melhor perfomance e, portanto, confiabilidade no desempenho da economia. Quando as agências sinalizam que um país é mau pagador ou tem dificuldades para cumprir seus compromissos financeiros, os investidores fogem ou cobram elevadas taxas de risco. A implicação dessa retirada do aval é dramática: redução do crédito internacional, diminuição do fluxo de capital e elevação dos juros para contratos de empresas brasileiras. Para um país com baixa taxa de investimento e limitada poupança interna, o grau especulativo deve levar a mais dificuldades para a retomada do crescimento da economia. O governo ressaltou que tem tomado iniciativas para reverter o quadro geral de desequilíbrio e as agências não as consideraram na sua avaliação. Conversa. Todo mundo sabe, e as agências que estudam sistemativamente o país mais ainda, que o governo não tem base política para implementar reforma nenhuma, sendo o Partido dos Trabalhadores o maior adversário do ajuste fiscal. A situação, que era grave, deteriora-se mais ainda com o rebaixamento da classificação do Brasil pelas agências de avaliação de risco.
Infelizmente as autoridades do governo Dilma ignoram os relatórios das agências de classificação de risco, que informam os motivos do rebaixamento, e apontam para a desordem fiscal. E assim, pelo andar da carruagem, vão atrair para o país mais um rebaixamento.