Feriados.
Com todo respeito aos mineiros e mineiras, às broas de milho e ao pururucado dos leitões, em 21 de abril sou mais o nosso Padre do que o Alferes ou, num vacilo, pau a pau.
Esse está no Panteão dos Heróis Nacionais; aquele, apenas candidato. Anos atrás Marco Maciel apresentou um projeto para incluir o Frei Caneca, mas até hoje ele não entrou. Não se sabe quem decide quem é herói ou não.
Talvez por ter sido martirizado em repressão a duas verdadeiras revoluções das quais participou e liderou.
Estas com tomada de poder, Constituição aprovada em praça pública, participação de várias províncias e chamamento à adesão de outras, batalhas sangrentas e na derrota, IPMs de antanho.
Até o nome da conspiração mineira e do respectivo feriado nacional está errado. Inconfidência remete a abuso de confiança, revelação de segredo, vazamento de informação (Houaiss). Se for isso, o nome homenageia o delator Silvério e não ao bravo Tiradentes.
Deixemos assim, no entanto, pois a baixa produtividade brasileira não suportaria mais um feriado, mas caberia, no entanto, um marketing cívico nordestino para pôr as coisas no seu devido lugar, já que Eduardo e Aécio estão em conchabrança. Quem sabe teremos heróis mineiro e pernambucano.
Ao Bardo de Avon..
Ou não se faz mais Zona da Mata como antigamente
Nos seu quadrigentésimo quinquagésimo (mais ou menos) aniversário, Shakespeare deve estar comemorando o domínio mundial da língua que formatou. Não se faz mais nada sem o inglês. Até nos protestos nos confins do mundo os cartazes vão em vernáculo e em inglês.
O Bardo deve estar gozando com a cara de Júlio Cesar, onde quer que se encontrem, pois este dizia que onde se fala Latim é Roma. Agora, ou em breve, tudo será Washington.
Até aqui nos domínios da última flor do Lácio, da patuleia com os seus equivocados “apostrofes esse” aos Incorporadores e seus publicitários, só vinga se for na principal língua de comunicação universal.
É só ver os anúncios de prédios, hotéis, resorts e megamercearias como, por exemplo, um North Way Shopping, no aprazível município de Paulista, PE
Agora, deu na imprensa, que vão incorporar na Zona da Mata, substituído a cana caiana, cana de fita cada qual mais bonita, por residenciais e empresariais.
Aproveitando o clima de deboche entre o Bardo e o César, Clávio Valença tirou onda com Ascenso Ferreira: “- os engenhos da sua terra serão Hopefulness, Flower Grove, Morning Star, Good View”.
Se vingar, a praga de Clávio vai dar numa coluna de jornal local intitulada Follow.
Reservas do Banco.
Antigamente quando havia o Estado da Guanabara, virou bordão o “ADEG informa, sai fulano e entra sicrano”. Isso dito pelo speaker ( ops, locutor) do Maracanã.
Ouviremos outra vez a saudosa chamada nas arenas da pátria, a com chuteiras ou na com urnas? Quem viver, verá.
Tuiters à “Será?”
*Com autorização psicografada de Emanuel Vão Gogo.
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