Personagem do filme V de Vingança.

Personagem do filme V de Vingança.

Eli S. Martins*

Dilma I x Dilma II

A Dilma II escolheu para seu ministro da Fazenda um discípulo de Armínio Fraga, ministro anunciado pelo Aécio Neves na campanha. De raiva, a Dilma I, aquela da campanha em que o Brasil era um mar de rosas, não compareceu, contrariada com a nomeação feita pela nova presidenta: ela mesma. Cadê o psiquiatra? 

Palácio das invenções

A capacidade de invenção do Palácio do Planalto não tem limites. Primeiro foi inventado o ministro que não é ministro. Dilma demitiu seu ministro da Fazenda em plena campanha, mas ele continuou no cargo. Depois das eleições foi-lhe solicitado  um pacote de medidas para ajustar a economia, o mesmo que a candidata dizia que o seu adversário faria, e ela condenava, pois iria trazer a fome e o desemprego para o povo. Montado o pacote, a Presidente nomeou um novo ministro para refazer o pacote. Mas, o antigo ministro continuava no posto. Passamos a ter dois ministros da economia. As más línguas dizem que não, são três, pois a Presidenta continua a ministra da economia. Deve ser para imitar a tríade divina.

Esquizofrenia Governamental

Em filmes de ficção cientifica experimentos assombrosos davam resultados esquisitos. Um deles era o de personagens cujos membros descontrolados batiam no rosto do próprio sujeito. A realidade palaciana copia a ficção cientifica. O ministro nomeado anunciou que o Tesouro Nacional não daria mais dinheiro aos Bancos. O ministro demitido acaba de assinar empréstimo de 20 bilhões para entregar aos Bancos. Durma-se com um barulho desses.

Remédio amargo dura?

De Josias de Souza: ”Levy entra no governo como uma espécie de remédio de Dilma contra ela própria.” Perguntar não custa: Vai durar? 

Preço do voto

Todo voto tem seu preço, diz o cínico. Agora se sabe, por decreto presidencial, o valor do voto dos parlamentares para apagar o superávit que o governo planejou, anunciou e não cumpriu: 748 mil reais. O pessoal está se vulgarizando com este precinho.

A difícil governabilidade

A Dilma das eleições dizia que ela era a única a ter governabilidade, com apoio da maioria esmagadora dos partidos presentes no Congresso Nacional. Para votar a irresponsabilidade fiscal os parlamentares levaram três semanas e uma sessão de 17 horas, mesmo com a gorjeta de 748 mil reais. E sem o povo, na calada da madrugada. Vida difícil a do Planalto. 

A grande notícia de novembro

A melhor notícia do mês de novembro para o governo é simplesmente sensacional: o País saiu da recessão técnica, cresceu o magnífico….0,1%. Os chineses estão morrendo de inveja e os peruanos, de rir. 

Reforma urgente, antes que a direita cresça

Os custos totais das eleições deste ano foi de quase cinco bilhões ( R$ 4,92 bi), mais elevados do que as de 2010 (R$ 4,83 bi). E isso quando, neste ano, foi eleito apenas  um senador por Estado. Em 2010 foram dois. Enquanto isso….a única proposta consistente no Congresso para a reforma eleitoral é o financiamento público. Não basta a exorbitância que pagamos pelo Congresso Nacional, teremos que pagar pelas eleições. Enquanto isso, os serviços essenciais como saúde, educação e segurança só pioram. Depois reclama-se que a direita está ressurgindo. 

Aposta maldita

Com Lula, um desenvolvimentista inveterado, que além de não conhecer das questões ambientais, tem delas, ódio, o Brasil apostou no combustível fóssil, com os extraordinários investimentos no Pré-sal. O mundo inteiro caminha no sentido contrário. Crescem as pesquisas em torno de combustíveis alternativos para o automóvel. Estados Unidos e China estabelecem acordo de contenção dos gases de efeito estufa. O preço do petróleo cai a 70 dólares o barril (o Pré-sal só é rentável com o preço do barril acima de 100 dólares). E os prognósticos dizem que o consumo do petróleo começa a cair no final dos anos 2020, quando o Pré-sal deverá estar em seu apogeu. Vai dá xabu!

 

*Observador anônimo da nossa vida política.