Editorial

Na semana em que o Brasil e o governo viveram um completo apagão político e econômico, a Presidente Dilma Rousseff, delirante ou alienada, conseguiu ver “uma luz no fim do túnel”. Como ela não parece ter visões (ou tem?), simplesmente lançou no discurso mais uma lorota de falso otimismo que ignora o mundo real e ofende a inteligência dos brasileiros. O governo sofreu derrotas políticas devastadoras ao longo da semana, confirmando que ela simplesmente “pariu um rato” com a reforma ministerial, tantas vezes anunciada a adiada. Com perdão dos dignos roedores, Dilma entregou o governo ao que tem de pior do PMDB e distribuiu penduricalhos a alguns nanicos. Pensando recuperar a base política ou, pelo menos, impedir o impeachment, a presidente apagou o último vestígio de sensatez política nesta sua desmantelada gestão. Ocorre que as derrotas do governo pesam sobre os ombros cansados dos brasileiros e não dos governantes: a inflação, o desemprego, a desesperança comprometendo a vida do cidadão. A inflação deu um novo salto, o STF-Superior Tribunal Federal não suspendeu a votação do TCU-Tribunal de Contas da União que, em seguida, rejeitou por unanimidade as contas do governo de 2014, e o TSE-Tribunal Superior Eleitoral decidiu autorizar abertura de ação de impugnação do mandato da Presidente Dilma Rousseff por conta das irregularidades nas eleições passadas. A Esplanada dos Ministérios está enlouquecida e, do outro lado do Palácio do Planalto, deputados e senadores estão ocupados com intrigas miúdas e interesseiras descoladas da dramática situação do país. E os poucos parlamentares e políticos sérios que pensam o Brasil e que estão sinceramente preocupados com o nosso futuro parecem perdidos e desorientados, carentes de um rumo convergente capaz de descortinar no horizonte um tênue mas verdadeiro raio de luz.