Parece que o carnaval chegou bem mais cedo na Praça dos Três Poderes em Brasília, liderado pela figura folclórica do “Morto carregando o vivo” ou, neste caso, o moribundo carregando o agonizante (ou vice-versa). A Presidente da República e o Presidente da Câmara dos Deputados (representantes das duas mais importantes instituições da democracia), ambos cambaleando politicamente, cada um com sua carga e sua culpa, se odeiam tanto quanto se sustentam mutuamente neste momento de deterioração do quadro político brasileiro. Eduardo Cunha está sob a ameaça de perda do cargo e mesmo de cassação do mandato enquanto Dilma Rousseff vive um risco imediato de abertura de um processo de impeachment, que depende da decisão do primeiro. O jogo é esse: o governo, com um restinho de força (em grande parte fisiológica) que lhe sobra na Câmara, esvazia as iniciativas de cassação de Cunha que, em troca, usa o seu poder, viciado também pelo fisiologismo, para não autorizar a abertura do processo contra a Presidente. A agonizante presidente, cambaleando, carrega nos braços o moribundo deputado que a sustenta nos ombros corrompidos. Mas, no carnaval não podem faltar os palhaços. Alguns deles na oposição circulam na Praça dos Três Poderes, embriagados e alienados da situação dramática que vive o Brasil sem governo e com uma economia deteriorada. Grande parte dos palhaços segue o cortejo liderado pela figura do “Moribundo carregando o agonizante”.
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E uma parcela da oposição sem saber se ajuda o morto ou o moribundo, fica de fato dando suporte aos dois.
Pois é, antigamente a gente dizia “tamo no mato sem cachorro”. E o pior é que se fica nessa paralisia, e a economia não vai sair do buraco enquanto não se aprovarem medidas de ajuste fiscal que no médio e longo prazo evitem que o Estado continue gastando sempre mais do que arrecada.
o nosso português e riquíssimo não precisamos falar dialeto tribal o nome correto e ( IMPEDIMENTO)
Sim, tem razão, mas desconfio que se testarmos no Google, só para a língua portuguesa, impeachment está sendo mais usado que impedimento. Em todo caso, muito pior que usar palavras estrangeiras, é escrever de um jeito tão confuso que seria necessário contratar alguém para traduzir para o português. Não é o caso deste editorial, que está bem escrito.
Pois é, um governo corrupto, um presidente da Câmara com denúncias gravíssimas também de corrupção deixam o país numa situação difícil e a população, maia especificamente o trabalhador é que tem que arcar com todas essas mazelas. Professores, continuam sem ter os seus valores reconhecidos, servidores público com seus direitos constitucionais desrespeitados, nós, servidores do Judiciário há quase uma década sem qualquer reposição salarial. Esse país é uma vergonha! Está um descaso total! A população vai às ruas pedindo um basta a tudo isso, mas não é ouvida. Por muito menos, Collor sofreu impeachment. O Governo aparelhos os Poderes, por isso que Dilma não cai. A cúpula do Poder Judiciário nas mãos do Governo, um Congresso com o toma lá dá cá. E o povo brasileiro de platéia assistindo a toda essa palhaçada. E nós Servidores do Poder Judiciário é que vamos quebrar o país? Estamos com nossos salários congelados há uma década, o senhor sabe o que é isso? Meu contra-cheque é o mesmo desde 2006. Já reduzi gastos o máximo que pude. Moro de aluguel, por que não tenho condições de comprar uma casa, sou mãe solteira vivo do meu salário exclusivamente. Todo ano tomo empréstimo para pagar o Colégio da minha filha porque quero darum estudo de qualidade o que na escola pública ela não terá. Minha família é formada Grande parte por professores, inclusive minha falecida mãe, que primava pela nossa educação. Por isso Senador, admiro seu trabalho em defesa dos valorosos e injustiçados professores, mas especial atenção para nós, servidores do PJU, que estamos sendo desrespeitados pelo Governo e seus coligados, Lewandowski, Cunha e Renan. Estamos órfãos. Só contamos com o Congresso para corrigir essa injustiça! Foi um desabafo, obrigada!