O país está paralisado e o governo, perdido. Vossa Excelência já demonstrou que não tem capacidade de governar e, sem governo, a crise econômica se aprofunda a cada dia pelo imobilismo e pela incerteza. Precisamos de governo, urgente. Mas a senhora, como todo respeito, no segundo ano do seu mandato, esgotou suas chances de construção de uma base política para implementar medidas de reversão da crise, equilíbrio fiscal e recuperação da economia. Esqueçam a corrupção. É sério, mas não é a questão principal. O problema central está no desgoverno, no despreparo e incompetência política da nossa presidente, para não falar da irresponsabilidade com que conduziu a política econômica. Com um mau governo, um país sobrevive, mas com o governo perdido (ou sem governo) no meio de uma grave crise, caminhamos para o desastre.
O Brasil não pode esperar mais alguns meses de travamento político e ausência de governabilidade. O barco está afundando. Se não houver uma inflexão política nesta situação de desconfiança e paralisia econômica, o país vai mergulhar numa profunda depressão. Terminaremos 2016 com uma queda acumulada do PIB de 8% (2015 e 2016 depois de zero em 2014) com uma redução de 10% do PIB per capita, fato único na nossa história. Com isso, o drama do desemprego, que já bateu na porta de quase dez milhões de brasileiros, continuará crescendo ao longo do ano. Tudo isso, somado à alta inflação e inflado pela frustração social e a desesperança, forma um ambiente social altamente explosivo de desdobramentos imprevisíveis.
O processo de impeachment, que pode ressurgir nas próximas semanas, é um caminho demorado, tenso, doloroso e traumático. E qualquer que seja o seu resultado, vai deixar graves sequelas políticas, amplificando a insatisfação e/ou o confronto político. A melhor solução para o Brasil neste momento seria a renúncia de Vossa Excelência, com humildade, reconhecendo que não tem mais (ou nunca teve) capacidade de conduzir o governo e aceitando seu fracasso como chefe de Estado. Claro, a sua renúncia, Presidente, não leva a uma solução automática e segura, mesmo porque o país carece de lideranças. Mas abre o caminho para uma negociação que permita a construção da governabilidade e a formação de um governo com capacidade de ação para lidar com a gravidade da crise brasileira. A única certeza que podemos ter, no momento, Presidente, é que a sua permanência no poder está paralisando o Brasil e levando o país ao abismo.
A renúncia de Vossa Excelência seria um gesto de nobreza. Estaria fazendo um enorme bem à nação, abrindo caminho para novas alianças políticas que podem recuperar a governabilidade. Renunciando, a presidente Dilma Rousseff entra para a história como uma política generosa que colocou o Brasil acima dos seus interesses, do seu poder, e do orgulho pessoal. Renuncia, Dilma! O Brasil agradece.
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É dificil que, com sua “formação” política, ela faça isso. Seria trocar o ” pratiotismo “, pelo patriotismo. E isso não a atual bandeira do seu partido.
Concordo plenamente! E a cada dia a coisa só aumenta e só piora.
A pergunta que coça a minha cuca é endereçada para Lula: E agora Lulão, a herança maldita é da própria Dimona I? É sua, Lulão II? É sua Lulão I? Como o senhor falou a poucos dias: “A culpa é dos portugueses.”
Dizem que os portugas ficaram feito uma cascavel balouçando o guizo e rondando o sítio de Atibaia.
Concordo com Sergio Buarque de que a renúncia seria melhor para o país, bem melhor que essa paralisia que parece até incurável. Mas a impressão que tenho é que ninguém acredita que ela renuncie. Ela parece estar gostando das mordomias, apesar das vaias e panelaços, apesar da rejeição por mais de 70% dos entrevistados em pesquisas de opinião. E ela continua prometendo coisas que sabe que não tem condições de cumprir.
Mas essa foto eu não gosto, é agressiva demais. Eu sei que é curiosa, que resultado de um fotógrafo muito alerta. Mas eu não quero esfaquear a Dona Dilma, nem quero que seja esfaqueada, então olhar essa foto me dá aflição.
Cara Helga
Aceitando sua crítica sobre a ilustração de Dilma perpassada por um florete ( Não seria o PT de Lula aquela mão que segura a arma?)alteramos a imagem, agora com Dilma na escuridão. Espero que a sua aflição seja atenuada.
Um forte abraço
J.Rego
Sérgio, excelente leitura da nossa triste situação. Passados 14 meses do segundo mandato, nem podemos acusar o congresso de ter barrado uma solução, pois a presidente nem a propôs.
Vivemos uma situação tão dramática, que a presidente não pode ir nem mesmo à festa do seu próprio partido.
Sergio, creio que com a renúncia de Dilma o vice Michel Temer assumirá a presidência e isto é solução? Abrirá porta para mudança?
Quem venceu a ditadura jamais renunciará.
Vivemos um tempo de muitas incertezas. O governo brasileiro está em crise por que Dilma quis enfrentar o sistema político. Não está conseguindo superá-lo. Se ela renunciar, voltará o velho sistema o qual já conhecemos e já sabemos q não trará desenvolvimento para o país. Irá manter as coisas funcionando, mas não trará desenvolvimento. O governo Dilma tem o potência de transformar o sistema político para melhor, mas é só uma potência. Se conseguir, iremos ganhar pouco, se não conseguir, iremos perder muito. É hora de apostas.
Renuncia e depois o Cunha assume, piada. Espero respeito ao meu voto e de milhões de brasileiros, bem como à democracia. Fica Dilma, sucesso.
Dilma fez um péssimo primeiro mandato? Ou só agora nos damos conta de quão incapaz como gestora politica ela é? É incapaz por que negocia mal os favores que o Congresso cobra, que a bancada governista pede?
Fora Dilma! Saia, dai Dilma!. Queremos trocar seis por menos de meia duzia. Quais as alternativas ao caos politico e economico que governo e oposição criaram? Não temos salvadores da pátria. Não temos partidos confiáveis, senão os que nunca foram governo, pois assim que forem, entram no rol da lama, do balcao de negócios para se manter no governo.
Que pais! Que povo!
Tudo isso construido em 500 anos, que 10 anos abriram alguma possibilidade e agora estamos numa inflexão para voltarmos a sermos o que sempre fomos: uma possibilidade que nunca se realizou e, pelo andar da carroça, jamais se realizará, a não ser como nação onde se rouba desde o descobrimento para todos o sempre.
Concordo plenamente. Belas palavras. Parabéns!
Dignidade, honradez e decência é para poucos e para corajosos. Dilma so é corajosa, com armas,aliados, assaltantes e criminosos. Infelizmente, por mais que se fale e comente, ela é impedida, pelos demais , inclusive Lula, para não envolver todos . Preço muito alto, pela autonomia de poder. Ainda falam,nos menos favorecidos, país da educação, e sem saude. Tudo desviado e corrompido.
Acredito que o senador Cristovam Buarque queira o melhor para o Brasil. Entretanto, li com grande desapontamento este texto. Gostaria de que as ultimas eleições tivessem um final diferente. Aliás, me encantaria que elas começassem de forma diferente, que as campanhas fossem feitas baseadas em um debate de propostas, de ideias, de soluções, e não de acusações. Provavelmente não teria escolhido nenhum dos candidatos que se apresentaram. Não acredito que a renúncia da Dilma melhore em nada a situação. A menos que renunciem junto com ela todos os deputados e senadores que defendem mais os interesses do seu partido e dos grupos que financiaram suas campanhas que os interesses do Brasil. E, não se engane, uma grande fração destes políticos aos quais me refiro são da oposição.
Talvez um suicídio fosse mais apropriado ao caso. Kkkk brincadeira
Existe alguns predicados terríveis no ser humano : Vaidade , Arrogância , Prepotência , Orgulho é Egoísmo ; esta senhora tem isso de sobra ; peço a Deus para que isso aconteça , mas é difícil !
Qual seroa a diferença com Temer no poder?
Um pouco de sensatez por favor. Ao invés de ficar gritando renúncia feito disco arranhado, por que não discutem os possíveis substitutos? Apontem um caminho, promovam nomes… E nomes com ideias, não apenas nomes, pra sairmos também desse personalismo odioso que herdamos da Colônia.
Dilma passa pra Temer, Temer passa pra Cunha, Cunha passa pra Renan, Renan passa pra TIRIRICA! É GOL! Gol do deputado mais votado do Brasil! E tome 7 a 1!
Os dois pontos que estão em pauta a um bom tempo nesse país são a Operação Lava Jato e o mosquito que transmite o vírus da Zika ! é muito pouco para uma economia paralisada e a cada dia causando mais estragos .
SERIA A DECISÃO MAIS CERTA, POR QUE TEMOS UMA PRESIDENTE SEM CREDIBILIDADE,ARROGANTE,INFRAÇÃO,RESSEÇÃO,DESEMPREGO, NÃO TEM APOIO
NENHUM NA CAMARÁ, SÓ O TAL RENAN QUE AINDA A SEGURA NÃO SABEMOS POR QUANTO TEMPO,
E QUANTO AOS QUE ACHAM QUE OUTRO POLITICO NÃO MELHORARIA ESTÃO ENGANADOS, POR
QUE SOU UM PEQUENO EMPRESARIO E NA MINHA OPINIÃO O MERCADO COMEÇARA A REAGIR
ASSIM QUE ELA SAIR POR QUE NENHUM EMPRESARIO NO BRASIL ACREDITA MAIS NESSA MULHER,ELA NA O TEM CAPACIDADE NENHUMA ADMINISTRATIVA, O NEGOCIO DELA E SÓ CPMF E PONTO.
Dilma nunca foi Estadista portanto não creio que vá renunciar pois tem personalidade difícil de lidar com os que a cercam no planalto imagine com partidos dos mais variados desejos. Dilma foi criada nas fileiras do comunismo, apaixonados por um carniceiro chamado Fidel Castro que levou Cuba ao fracasso total a ponto de parar no tempo e eu fico feliz pelo Regime Militar não ter permitido que esse país se transformasse numa gigantesca Cuba de atraso parada no tempo, hoje temos esses populistas no poder que nada mais querem a não ser o poder, o poder de enriquecer sugando a maquina pública fazendo dela sua propriedade particular. Se Dilma fosse uma Estadista já teria renunciado ou talvez nunca teria desejado se re-eleger. Deus tenha piedade de nós porque o PT não tem.
Caro Leônidas, podemos concordar que Dilma não é uma estadista mas não concordo com nada mais do seu comentário, especialmente com o tom grosseiro como fala de Fidel Castro a quem respeito por mais que discorde e critique o seu regime. Rejeito totalmente a sua defesa do Regime Militar que parece deixar implícito um desejo de volta da ditadura. Do meu ponto de vista, Leônidas, qualquer solução da crise do Brasil deve passar pelas instituições e regras democráticas. E para isso não precisamos dos militares e da força bruta. Espero que reflita um pouco mais sobre isso.
Perfeito Leônidas. Em momento nenhum dissestes que deseja a volta do regime militar e nenhum de nós queremos. Exigimos democracia, mas não esta que os velhos comunistas de sempre tentaram nos empurrar maquiada de socialismo bolivariano. São os mesmos pensamentos em qualquer lugar do mundo e apenas mudaram a forma de chegar ao poder, pois não conseguem mais imitar o assassino do Fidel e depois se apossam do Estado e o destrói. Não vamos pagar para ver.
Rótulos simplistas não servem para Cuba – aliás p’ra lugar algum. E condenar a ditadura em Cuba e preferir a ditadura militar do Brasil é o cúmulo do contrassenso. Aliás, o desenrolar dos últimos acontecimentos em Cuba abre melhores perspectivas que o do Brasil. Que países da América Latina o presidente Obama vai visitar este ano? Cuba e Argentina.
meu amigo Cristóvão, se fosse o senhor que fosse assumir a presidência eu estaria de pleno acordo, mas os que podem assumir são velhas raposas que querem governá só pros ricos!
“Esqueçam a corrupção.” NÃO concordo!Isso vem junto com a incompetência, a falta de educação generalizada, o desgoverno.
Quanto a renunciar concordo que seria um ato incrível, mas só apoiaria se houvesse propostas para o pós-renúncia. Sou medrosa para querer trocar um caos por um caos desconhecido.
Boa parte dos seus comentadores, caro Sérgio, parece querer ou perfeição ou nada. Não é uma atitude politicamente consequente.
Que fique clara uma coisa: não temos ilusões sobre quem pode substituir Dilma na presidência do país. O importante, com a saída dela, é assegurar o desmonte de um grupo não menos que criminoso, que conquistou o poder, circunstancialmente, e não o quer largar mais, mesmo com quase todos os seus dirigentes na cadeia.
O “day after” poderá ser administrado, quando e como se fizer necessário.
Endosso integralmente a posição do dr. Clemente Rosas.Quando do impeachment de Collor, houve quem colocasse as mesmas questões. Itamar parecia não passar de um ex-senador meio lunático, amargurado por não ter realizado o sonho de ser governador de seu Estado (depois chegou lá). Pois não é que deu um bom presidente, deixou o Brasil melhor do que pegou? Mérito dele? Não se pode negar a parte que lhe coube. Mas o decisivo foi uma força que aparece nessas horas de dificuldade, que talvez não tenha um nome melhor do que instinto de sobrevivência.No governo Itamar ela se manifestou sob a fórmula do “governo de união nacional”, que pegou. Creio que só o PT não a aceitou. Agora, algo parecido vai acontecer, espero. E, como diz o dr. Clemente, não vai resultar na perfeição. Mas vai melhorar a situação pelo simples motivo de que um governo com uma maciça dose de apoio congressual e popular fará o país voltar a andar.
Com relação ao texto de Sérgio, gostei do diagnóstico. Também acho que o caso é de incompetência política e inépcia administrativa. E eu me pergunto por que e vejo, de cara, um fator de ordem pessoal. Um ex-presidente nosso uma vez explicou com uma boutade a um amigo a razão de ter indicado para um tribunal superior um certo magistrado de notória mediocridade: esse jamais irá pensar que deve o cargo a seus méritos. Lula parece ter ouvido essa história. E vaidoso que era, escolheu para sucessora, não alguém sem méritos (ele deve ter os seus) mas talvez a pessoa mais contraindicada dentre os seus aliados. Uma burocrata de gênio difícil, que detestava mais que tudo duas coisas na vida: política, no estilo convencional; e negócios, ao modo capitalista. Uma mulher ríspida, antipolítica e anticapitalista (ou antinegócios). E isso para exercer o mais alto cargo político num país capitalista! Coitada dela, estaria talvez realizada e feliz numa atividade privada. Ou fazendo tricô e cuidando dos netos.
O resultado dessa falta de vocação, que daqui do Poço eu enxergo, é que sua equipe ela dirige no berro e tem, em consequência, uma equipe ruim. Vive às turras com os políticos e o resultado é que frequentemente tem de capitular frente a eles. Não vê que a negociação sai muito mais barata que a capitulação (já chegou a “pagar” 39 ministérios). Ultimamente vem tendo votos contrários até de parte de seu partido. A economia (falemos no pretérito perfeito) ele dirigiu na base da bordoada, sem nenhuma cerimônia com os negócios alheios.Talvez deformidades ideológicas tenham algo a ver com isso. O resultado foi que, ao tentar resolver um problema, ela criou vinte outros. E o conjunto de sua obra, nessa área, lembra a imagem do macaco na loja de porcelana. Destruição, crise econômica…
Ainda que a inaptidão para a função fosse o único motivo, ela faria bem (e um bem um bem danado a todos) em ouvir o conselho de Mr. Sérgio: renuncia Dilma!
Com relação ao texto de Sérgio, gostei do diagnóstico. Também acho que o caso é de incompetência política e inépcia administrativa. E eu me pergunto por que e vejo, de cara, um fator de ordem pessoal. Um ex-presidente nosso uma vez explicou com uma boutade a um amigo a razão de ter indicado para um tribunal superior um certo magistrado de notória mediocridade: esse jamais irá pensar que deve o cargo a seus méritos. Lula parece ter ouvido essa história. E vaidoso que era, escolheu para sucessora, não alguém sem méritos (ele deve ter os seus) mas talvez a pessoa mais contraindicada dentre os seus aliados. Uma burocrata de gênio difícil, que detesta mais que tudo duas coisas na vida: política, no estilo convencional; e negócios, ao modo capitalista. Uma mulher ríspida, antipolítica e anticapitalista (ou antinegócios). E isso para exercer o mais alto cargo político num país capitalista! Coitada dela, estaria talvez realizada e feliz numa atividade privada. Ou fazendo tricô e cuidando dos netos.
O resultado dessa falta de vocação, que daqui do Poço eu enxergo, é que sua equipe ela dirige no berro e, em consequência, forma uma equipe ruim. Vive às turras com os políticos e o resultado é que frequentemente tem de capitular frente a eles. Não vê que a negociação sai muito mais barata que a capitulação (já chegou a “pagar” com 39 ministérios). Ultimamente vem tendo votos contrários até de parte de seu partido. A economia (falemos no pretérito perfeito) ele dirigiu na base da bordoada, sem nenhuma cerimônia com os negócios alheios. Talvez deformidades ideológicas tenham algo a ver com isso. O resultado foi que, ao tentar resolver um problema, ela criou vinte outros. E o conjunto de sua obra, nessa área, lembra a imagem do macaco na loja de porcelana. Destruição, crise econômica…
Ainda que a inaptidão para a função fosse o único motivo, ela faria bem (e um bem danado a todos) em ouvir o conselho de Mr. Sérgio: renuncia, Dilma!
Só vou acreditar quando acontecer por enquanto não é muito bom levar a sério.