A Fernando da Mota Lima, meu amigo e companheiro de divagações poéticas.
Inescrutáveis sussurros
fizeram nosso diálogo
endurecer na tormenta
e se perder no ermo
de uma solidão desavinda
que nos mergulha no escuro
e nos torna astros
opacos em busca de luz.
Éramos dois sim
éramos um par de braços
em curvas sinuosas
pelo espaço
ouvindo os acordes
melódicos de uma música
cuja harmonia jamais
conseguiríamos alcançar.
O contrafluxo do vento
nos fez percorrer o caminho
de volta e as intempéries do tempo
marcaram a pele
do corpo estremecido
sob grutas carcomidas
pela erosão das pedras
e o furor do desconhecido.
Bom dia!
Em nome da família, venho aqui deixar meu sincero agradecimento pela homenagem ao meu amado tio.