A candidatura da chamada terceira via fracassou no embate eleitoral brasileiro. A senadora Simone Tebet fez uma campanha brilhante e emerge como uma grande liderança nacional do centro-democrático, mas teve pouco menos de 5% dos votos. Agora, no segundo turno das eleições presidenciais, o que está em jogo é a democracia, colocada em risco pelo atual presidente e candidato a reeleição. Se Bolsonaro ganhar as eleições, tem o roteiro pronto para desmontar as instituições democráticas, garrotear o STF e controlar o Congresso, promover alterações na Constituição que aumentem o seu poder e estrangular a imprensa. Depois do desastre social, econômico e ambiental do seu governo e da degradação da imagem internacional do Brasil, Bolsonaro nunca escondeu o seu projeto de implantação de um regime autocrático e viria com mais base política no Congresso. Portanto, para salvar a democracia brasileira, é necessário impedir a reeleição de Jair Bolsonaro. O que significa votar em Lula para presidente.
Esta vai ser uma campanha muito dura e difícil, agressões das palavras e mensagens que podem se transformar em violência física, durante a campanha e depois da possível derrota de Bolsonaro. Ele voltou a questionar a higidez das urnas porque está preparando a acusação de fraude para despertar conflitos sociais e impedir a posse do futuro presidente. O primeiro turno poderia ter sido diferente se a terceira via tivesse tido aceitação do eleitorado e quebrado a polarização. Mas, neste momento, o ex-presidente Lula é o único que pode deter o avanço do autoritarismo e a quebra das instituições no Brasil.
Se perdeu no plano nacional, em Pernambuco a terceira via brilhou com a ida de Raquel Lyra para o segundo turno. Raquel é a terceira via que deu certo, democrata, competente e responsável, Raquel derrotou o candidato de Bolsonaro, impediu que Anderson Ferreira fosse para o segundo turno, ajudou a quebrar a polarização política e eleitoral no Estado (o que foi facilitado, é verdade, pelo fato do polo lulista ter partido dividido entre dois candidatos). Raquel é uma democrata, comprometida com os valores civilizatórios e o respeito às instituições, mas está sendo bombardeada por uma campanha insidiosa de ligação com Bolsonaro. É possível que ela não explicite o apoio a Lula, até porque o ex-presidente está vindo ao Recife fazer campanha para Marília, sua adversária no segundo turno.
O futuro da democracia brasileira está sendo decidido nas eleições do dia 30 para presidente da República e, a esta altura, depende da vitória de Lula. E o futuro de Pernambuco passa pela eleição de Raquel Lyra, governadora que poderá abrir um novo ciclo de desenvolvimento do Estado. Pela sua história política, sua competência, seriedade e compromisso social, Raquel é a melhor alternativa para Pernambuco. Ela demonstrou, como parlamentar e gestora púbica e, principalmente, como Prefeita de Caruaru, visão estratégia, habilidade política e capacidade gerencial, qualidades fundamentais para governar Pernambuco neste momento da nossa história. Se Lula é a salvação da democracia brasileira, Raquel é a promessa de desenvolvimento de Pernambuco. O governo da terceira via.
A Revista Será ainda está apostando em fragmentos da 3ª Via? Ainda não percebeu que a redução eleitoral de Ciro, também restringiu drasticamente o futuro desta tendência?
O apoio a Lula tem que ser tão econômico?
Querido Sérgio!
Uma das razões por que não gosto “da” política (DA política, não exatamente DO fenômeno político, enfatizo), é o fato de que eleições são eventos mais sujeitos a decisões “irracionais” do que gostaríamos que fosse…
Pode parecer cruel dizer isso, mas, por exemplo, tenho certeza de que a morte inesperada e injusta do marido tão jovem de Raquel, no momento em que saía de casa para ir votar, foi um fator relevante na rapidíssima subida da candidata no dia das eleições.
(A facada em Bolsonaro foi outro desses infelizes fatores…)
Ainda não sei em que vou votar no segundo turno daqui. Gosto muito do fato de que o(a) próximo(a) governador(a) seja uma mulher.
Já para presidente, você já disse tudo.
É lula-lá e pronto!
Abração,
Luciano