Este é um livro de peso (904 g), profundo (3,5 cm) e de amplo escopo (22×15,6 cm). Extenso, também (624 págs.) Uma obra prima, de acordo com a opinião de todos os que já o leram, ou seja, o autor, o prefaciador convidado e ninguém mais. Por enquanto, por enquanto.
Uma noite em Anhumas tem um subtítulo extenso, mas (espero) esclarecedor: “Das usinas de açúcar ao predomínio urbano em Pernambuco e Alagoas: histórias familiares, 1875-2020”. O essencial está dito aí. Se consegui vencer o desafio, caberá aos leitores julgarem.
Da mesma forma como o fiz em O trem para Branquinha (Cepe, Recife, 2018, 564 págs.), também em Uma noite pretendi escrever a história da região onde nasci e ainda vivo, por meio de biografias sumaríssimas de parentes meus e de pessoas com quem eles se relacionaram.
Ocupando posições, frequentemente, antagônicas (senhores de engenhos, usineiros, bacharéis em Direito, funcionários públicos, políticos, jornalistas, comunistas, simples donos de terras e outras) esses parentes e os amigos deles foram, cada um a seu modo, construtores da história regional.
Embora eu não o devesse dizer, digo-o, apesar disso: os que se interessam pelo que aconteceu e ainda acontece no Nordeste canavieiro-açucareiro fariam bem em ler Uma noite em Anhumas, pois o livro conta parte da história de um mundo fascinante, até mesmo nos seus estertores.
LANÇAMENTO
Livro: Uma noite em Anhumas (Das usinas de açúcar ao predomínio urbano em Pernambuco e Alagoas: histórias familiares, 1875-2020), 624 páginas.
Autor: Gustavo Maia Gomes, PhD em Economia, 1985; Professor da UFPE (1977-2009); Diretor do Ipea em Brasília (1995-2003).
Local: Restaurante da Mercearia Pará (Rua Olímpio Tavares, 110, Casa Amarela, 52.051-400, Casa Amarela, Recife). (Próximo ao Sítio Trindade.)
Dia e hora: 25 de abril de 2024, a partir das 19 horas.
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