No último 12 de novembro, os Estados Unidos e a China (que juntos produzem quase 45% do dióxido de carbono mundial) se comprometeram em Pequim a avançar nas negociações climáticas, que incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. Esse compromisso firmado entre Xi Jinping e Barack Obama pode fazer avançar as decisivas negociações climáticas previstas para 2015, em Paris, da qual se espera um acordo global. Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020. Os chineses, por sua vez, comprometem-se a cortar as emissões até 2030, embora possam começar antes. Segundo o presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis. Este pode ser um importante balizamento, que certamente deverá influenciar outras nações, no sentido de dar prioridade a uma revisão estrutural no atual modelo de desenvolvimento econômico, sem esquecer que a ciência e a tecnologia são peças importantes nestas soluções. Quanto ao nosso país, o compromisso brasileiro, acertado em 2009, é de cortar entre 36% a 39% das emissões de gases-estufa em 2020, em relação aos níveis de 1990.
Esses acordos estão sendo costurados pelo menos a vinte anos. O atual presidente dos EUA não tem suporte político para firmar acordos, faltando apenas dois anos do fim de seu mandato e sem o apoio do congresso. A China não tem como reverter no médio prazo sua matriz energética, vez que todo o seu espantoso crescimento está sendo suportado por uma estrutura de exportação de bens de consumo – pouco duráveis – a custos que pressupõem um trabalho semi-escravo de tão baratos que chegam. Será mais uma “fumaça” a prejudicar as questões climáticas. Afora isso, cientistas de ambos os países não concordam em sua grande parte com os resultados dos estudos do IPCC. Já houve no passado erros do instituto que demoraram a ser reconhecidos. Por não acreditar 100% cheguei a postar na “rede” artigo com o título: Aquecimento Global: Armagedom ou caso de má gestão? Infelizmente ambos os paises citados dizimaram com suas florestas e alteraram profundamente o ambiente natural. Olhando por esse lado, como se crer que mudarão de estratégias quando essas custarão uma enorme quantidade de dinheiro? Dizer que mudarão seus processos é relativamente fácil. Reprojetar-se a indústria e as características do consumo já passa a ser outra história. Sem parecer “ecoxiita” e nem “bio-desagradável” entendo que as mudanças são necessárias e devem ser encaradas seriamente por todos, a começar pela base da Sociedade que tem capacidade de pressionar o Topo da Pirâmide – Executivo. Trocar uma caldeira em um processo não chega a ser um absurdo de caro. Mudar-se todo um processo fabril requer planejamento e ação. Qual será a energia que substituirá o carvão? O petróleo? Esse tem seus dias contados. A água, reservada em hidrelétricas? O momento atual nos aponta o rumo oposto. A energia eólica? Os campos de produção não suprirão toda a demanda. A energia solar? Ainda não chegamos ao estado da arte para produzir placas coletoras eficientes e condições de armazenamento adequadas. Isso só como exemplo e nos atendo somente a isso.Entendo que temos que buscar alternativas muito rapidamente, pois o tempo do relógio está contra nós. O que nos resta? Só Deus sabe.
Antonio…..eu tambem gosto de discutir e filosofar esses assuntos. Agora nao eh o caso. Devemos comemorar mesmo que seja pelo simbolismo dele. E aguardemos que as conversas em forums multilaterais tbm caminhem depois de agora. Uma ponta de esperanca surge e eh nela que devemos nos agarrar. Noosa pais anda fazendo feio nesse quesito. Legislacao moderna…sem fiscalizacao e sem pratica juridica….ainda estamos no sec xx. Em sp quem desmata eh preso….no norte quem desmata eh rico!!!! Kkkkkkk