O recorrente adiamento das agendas para “depois do carnaval” não pode mais ser utilizado porque a festa acabou na “ingrata” quarta feira de cinzas. A ordem agora é trabalhar para tirar o atraso de mais de 40 dias de adiamentos e de lassidão. É como a Cantareira, que precisaria de chuvas muito acima das médias históricas para recuperar um nível confortável de reservas hídricas para o abastecimento paulista. Felizmente a natureza não espera o carnaval para começar a chuva. (Muito embora, como se sabe, as águas não estejam sendo tão generosas para compensar os desperdícios e a leniência da gestão hídrica do governo) As agendas frouxas e a indolência até o carnaval têm, contudo, um retorno econômico que vai além da festa. Na verdade, o carnaval é um grande negócio no qual giram bilhões de reais e são gerados milhões de empregos em atividades voltadas para promover a alegria dos brasileiros e dos turistas. Negócio para o turismo, para o segmento de alimentos e bebidas, os diversos componentes dos serviços e da chamada economia criativa e cultural, além das atividades correlatas. A expectativa para este ano é que o carnaval tenha gerado cerca de 250 mil empregos temporários no Brasil (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizados e Trabalho Temporário). Agora acabou o carnaval. Começou 2015.
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