Diante do conselho político de um aliado para adotar uma postura tolerante com a religião católica na União Soviética, o ditador José Stalin perguntou de forma irônica: “Quantas Divisões tem o Papa?” Stalin não era bobo e sabia que o Vaticano não tinha armas, mas, dependendo do jogo diplomático, conta com o poder moral e a enorme influência da religião em todo o mundo. Com estas “Divisões”, o Papa Francisco I está se movendo de forma ousada em áreas de conflito, seja como negociador, seja com decisões que reequilibram as disputas nacionais. No início do ano, o Papa negociou a reaproximação de Cuba e Estados Unidos, o que já está produzindo efeitos nas relações diplomáticas entre esses dois países e pode levar ao final do embargo e a uma mudança radical nas relações políticas e diplomáticas no continente. Nesta semana, o Papa foi mais longe e surpreendeu o mundo com o reconhecimento oficial do Estado Palestino, com a abertura de um tratado de cooperação do Vaticano com aquele Estado. Manifestando “desapontamento” com a decisão do Papa, o governo de Israel reconhece a força política e moral do Vaticano e teme que o reconhecimento do Estado Palestino tenha efeito de propagação da posição “Duas nações, dois Estados” como ponto de partida para a construção da paz no Oriente Médio.
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a igreja no passado matou muito participou de governos o papa foi segurança de casa noturna, a igreja tem que fazer algo para ganhar fies porque hoje as pessoas estão mais bem informadas e sambem que religião e comercio, quanto palestina e israel que nada mais e briga pela capital que rende milhares de dólar.
E estudar lingua portuguesa nada né?
É simplista dizer que o conflito antigo Israel/Palestina se deve ao que pode render o turismo em Jerusalem. Aliás, quase sempre respostas simples são erradas. Assim como a idéia de alguns de que a invasão do Iraque se deu por causa do petróleo – idéia simples e errada.
O mais interessante no pontificado de Francisco, chamado pelo autor de Papa Francisco I, mostra que está cumprindo o papel que deveria, de há muito, já ter sido desenvolvido por antecessores. Vamos dizer que é um Papa Pop, que, se difere muito do conservadorismo de Bento XVI. O que se espera é que dê certo.
(Em tempo: A pergunta do ditador Stalin, é para mim, uma aula de história)
Para atualizar o autor do texto: o próprio Jorge Bergoglio optou por chamar-se Francisco, e aboliu o uso dos ordinais (Primeiro, por exemplo). Então, atualizando: Papa Francisco. Simples e austero.
Uma ùnica Pessoa de Coragem, Sabedoria e Força Mental, é capaz de Iluminar o mundo, e mais, transforma o Destino de toda a Humanidade, para além, de interesses egoístas e desumanos! A Religião só deve servir, para a Paz, a União entre os Povos, a Solidadriedade e o Respeito Absoluto, a Dignidade da Vida. Fora isso, é ilusão. Viva Francisco! Que todos os Budas e as Funções Protetoras do Universo, estejam sempre à sua direita, esquerda, à frente e atrás, protegendo-o.
meu caro marcos Garcia, ontem foi dia do abraço embora atrasado receba um forte abraço, peço desculpas a você pelo meu erro de português
sou uma pessoa do povo( simples) e me- sinto bem assim, sou patriota e me- incomoda e ver governos invadindo soberanias para se apossar de riquezas isso e que e errado
Como sempre tem gente no Brasil que adora o passado: o passado da Igreja( para condená-la), o passado escravista( para condenar os brancos), o passado invasor europeu( para condenar os brancos), o passado da ditadura( para aliviar os comunistas que também iriam instalar uma ditadura ou alguém acha que Cuba e Venezuela são democráticos ou a URSS era àquela época?). Vivemos de jogar na cara das tais elites( brancas, européias, católicas, ocidentais) todo tipo de frustração que aqui desencadeou, por um lado o vitimismo e, face ao desinteresse por este conceito, pode se transformar em vingança e violência… Que tal olharmos para o futuro e esquecer o passado??? Que bons ventos soprem no Vaticano. Aqui precisamos tb.
O Papa é pop, e está se esforçando por paz, entendimento e tolerância (intermediação em Cuba, reconhecimento da Autoridade Palestina – que já havia ocorrido na ONU, declaração de que ateus também vão p’ro céu – mesmo que não queiram, a afirmação de que “ser mãe não é estado civil”, não há mãe solteira, só há mãe, etc.). Mas, mesmo assim, estou impressionada com a perda de influência do Vaticano e do catolicismo oficial: aqui, a enorme expansão das várias seitas evangélicas, e, esta semana, quem diria, o casamento gay aprovado por referendo na católica Irlanda, numa proporção de mais ou menos 2 a 1. Aqui até parece que os bispos só têm influência em coisas como campanha por calote da dívidas externa e outras maluquices de política econômica.