A característica mais interessante da internet é a ausência de um sistema centralizado de governança que defina ou restrinja os conteúdos que circulam na rede, dando poder ao cidadão e permitindo uma completa descentralização da informação, de dados e imagens. Ao contrário do Big Brother que controlaria tudo, especialmente o cidadão, a internet permite que qualquer pessoa seja um emissor e propagador de conteúdos, com muito baixo custo e pouquíssimo tempo. Neste sentido, está quebrando o monopólio da produção e propagação de informação. Entretanto, está revolução tem um preço: a utilização da rede para atividades criminosas, para difamação de outros cidadãos, e para propagação de informação falsa e boatos com impactos negativos na sociedade e na vida privada. A discussão sobre mecanismos de regulação e controle da rede desperta fortes reações em defesa da privacidade do cidadão. Foi assim no debate sobre o Marco Civil da Internet no Brasil, classificada por alguns como o AI5 Digital (alusão ao Ato Institucional nº 5 da ditadura de triste memória). O exagero (de má fé ou alguém que não viveu a ditadura) esconde uma controvérsia entre privacidade e segurança coletiva ou individual frente a violência digital, ou, pior, violência real incentivada ou articulada pela rede. Este é debate atual na França, berço da democracia moderna, em torno do projeto (aprovado em primeira instância na Assembleia Nacional) de Lei de Orientação e Programação para a Segurança Interior, aprovado em primeira instância, que cria mecanismos de fiscalização e controle sobre a rede. Embora a justificativa do projeto seja impedir o crime de pedofilia, pornografia infantil e criminalização do roubo de identidades online, a preocupação central é com o terrorismo. O controle da rede parece, portanto, necessário considerando abusos e crimes, mas não como censura. O controle a posterior quando identificado crime ou uso indevido da internet. Mas, e quanto ao terrorismo? Prender depois que a bomba explodiu? E quanto à privacidade? Quem controla os controladores?
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Bem oportuno o Editoria sobre o assunto das redes sociais. Até concordo com alguns tópicos da que se convencionou chamar de ” Marco Regulatório”. Mas, é preciso que se observe e bem, os detalhes para que não se tenha um mecanismo de censura como os se camuflava na época infeliz ditadura. E o autor foi feliz ao encerrar o escrito: ” Quem controla os controladores?” Esse é o grande perigo.
Prezados Editores
Na falta de um espaço específico para comunicação com os Editores (¨Cartas para a Redação¨), e de já ter enviado uma mensagem via Facebook e não ter recebido resposta, aproveito este para sugerir um debate sobre o OCUPE ESTELITA/PLANO DE REFORMA DO CAIS JOSÉ ESTELITA, de dimensão muito grande junto aos recifenses, e que tende a se aguçar.
Descordo em dois pontos expecificos de enfatização do texto.Deixo aqui em observacao.
1° Quanto ao que se refere em que “está revolução tem um preço: a utilização da rede para atividades criminosas, para difamação de outros cidadãos, e para propagação de informação falsa e boatos com impactos negativos na sociedade e na vida privada.Hora!cabe está argumentação como uma retórica aos iguais e potenciais malefícios do estado na sociedade e na vida privada;REntretanto, está revolução tem um preço: a utilização da rede para atividades criminosas, para difamação de outros cidadãos, e para propagação de informação falsa e boatos com impactos negativos na sociedade e na vida privada.Ressalvando que o estado tem muito maior poder destrutivo e coercitivo sobre a sociedade.
2° Ao meu ver a França(1789) não é o berço da Democracia Moderna pois os Estados Unidos(1775) foram protagonistas em relação e formação de Democracia.