Mais conversas da terrinha, em livro que estou escrevendo (título da coluna).
ANTONIO CEZAR PELUSO, ministro do Supremo. No Tavares Rico (criado, em 1784, pelos irmãos Tavares – Manoel e Joaquim, claro), o restaurante preferido por Eça de Queiroz. Com ele, o desembargador (de São Paulo) Luiz Carlos Azevedo. Recebe cardápio e, querendo agilizar os pedidos, pergunta ao maître
– O senhor teria outro?
– Não.
Apontou um, em mesa próxima,
– Estou vendo aquele ali.
– Pois é o mesmo.
GLEIDE BEIRÓ, artista plástica. Entrou numa cabine telefônica, em Lisboa, e anotou as instruções do cartaz:
1. Tire o fone do gancho.
2. Ponha no ouvido.
3. Disque um número de cada vez.
E ficou sem entender como poderia discar 9 números ao mesmo tempo.
INSULTOS. O amigo Manuel Fonseca lembra (O Pequeno Livro dos Grandes Insultos) uma boa coleção dos que se dizem, por lá. Segue, aqui, só um exemplo.
? A cagar fiz um cigarro,
A cagar o acendi,
A cagar o fumei todo,
A fumar caguei para ti.
JOSÉ BRANDÃO, arquiteto no Porto. Chegou em casa encharcado, por conta de uma tempestade. E a empregada, assim que o viu, informou
– Está a chover lá fora.
Com desejos de esganar a coitada, se conteve e respondeu apenas
– Muito.
Dom JOSÉ TOLENTINO (CALAÇA DE) MENDONÇA, cardeal. A mãe teve Covid, na Madeira. Liguei
– Como está sua mãe?
– Muito bem, o Homem lá de cima gosta dela.
– Também, com um procurador como o senhor…
ONÉSIMO TEOTÓNIO ALMEIDA, da Universidade de Brown (Estados Unidos). O professor Aníbal Pinto de Castro, catedrático da Universidade de Coimbra, pergunta se leu um livro qualquer.
– Não.
– Pois é, Onésimo. Você só lê obras de alto gabarito intelectual!
– Ó Aníbal, não diga isso, você sabe que já li toda sua obra!
RENATINHO MAIA, empresário. Ana, sua mulher, na Padaria Portuguesa.
– Um café médio, por favor.
– Senhora, médio não há. Temos pequeno e grande.
– Grande.
– A senhora quer cheio ou meio cheio?
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