Passados mais de 40 dias de ataque sistemático de Israel sobre o território de Gaza com destruição em larga escala, dezenas de milhares de civis mortos, inclusive milhares de crianças, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou esta semana uma resolução pedindo pausas e corredores humanitários para, ao menos, amenizar o sofrimento da população palestina. Apesar dos malabarismos semânticos para agradar às grandes potências que apoiam os dois lados do conflito, os Estados Unidos e a Rússia (além do Reino Unido) não vetaram a resolução, mas também não a apoiaram. Abstenção que, em última instância, demonstra a indisposição destes países a exercerem sua influência para que Israel suspenda o massacre de Gaza e o Hamas liberte os reféns e parem com o lançamento de mísseis sobre cidades israelenses. A resolução chega muito tarde, pede muito pouco e ainda se mostra bastante fragilizada por estas abstenções de nações poderosas e influentes no cenário do Oriente Médio.
Tudo indica que os pedidos e recomendações da resolução sejam palavras ao vento, ignoradas pelo governo de Israel, que está decidido a persistir no objetivo de destruição do inimigo, mesmo que para isso tenha que esmagar a população e ainda arriscar a vida dos reféns que pretende resgatar. O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, criticou a resolução e afirmou que seu país “continuará a agir até que o Hamas seja destruído e os reféns sejam devolvidos”, ou seja, vai desconhecer o pedido de “pausas e corredores humanitários urgentes e prologados em toda a Faixa de Gaza por um número suficiente de dias para permitir, de acordo com a lei humanitária internacional, o acesso humanitário das agências das Nações Unidas e seus parceiros de forma completa, rápida e segura”. Da mesma forma, o Hamas não vai atender ao pedido das Nações Unidas de “libertação imediata e incondicional de todos os reféns detidos pelo Hamas”. E o mundo continua assistindo à “marcha da insensatez” (Barbara W. Tuchman) com mais uma demonstração da incapacidade (ou indisposição) da humanidade de resolução pacífica dos conflitos e das disputas geopolíticas. Com uma ameaça crescente de escalada das guerras que, embora locais (Ucrânia e Oriente Médio), envolvem as ambições das grandes potências.
Ao contrário do que foi dito, Israel aceitou pausas humanitárias de 4 horas diárias. Também criou um corredor humanitário para que a população do norte da Faixa de Gaza possa deslocar para o sul. Com isto, evita que os civis sejam atingidos pelos bombardeios aos alvos militares do Hamas na zona norte. Curioso é que as forças israelenses garantem a integridade física dos palestinos que andam por este corredor, contudo, o Hamas tenta metralhar tais civis por não querer que eles saiam de onde se encontram
E para finalizar, lembro que o rei da Jordânia solicitou a Israel permissão para entregar mantimentos a um hospital de campanha jordaniano em Gaza através de um voo noturno. Israel concordou com a operação.
O Editorial da revista “Será?” trata de examinar a situação de forma equilibrada, condena o terrorismo do Hamas mas não se omite ao considerar as ações da ultra direita religiosa da qual o Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu se faz porta-voz. Não sei onde está acampado este professor de relações internacionais da UFPE que não consegue acompanhar a imprensa internacional (pelo que li na imprensa sobre o Professor Zaverucha imagino que não pode estar na Universidade). Pois o próprio Netanyahu aparece nos jornais do mundo inteiro dizendo que “não teve sucesso em proteger civis”. Espero que onde esteja o Professor possa acessar pela internet pelo menos o site do Estadão, para ler o artigo do embaixador Rubens Barbosa “Os EUA e a questão palestina” {O Estado de S.Paulo, 14 de novembro de 2021, p.A3). Rubens Barbosa, que foi nosso embaixador em Londres e Washington, sempre acompanhou o que vai pelo mundo, sabe do que está falando e seu artigo é tão sensato e bem informado quanto o Editorial da “Será?” Claro que o Editorial tem que ser mais compacto.
Helga, shalom. Nao seja como Lula, seu presidente analfabeto e ignorante que se atreve a falar em geopolitica sem entender nem mesmo o que significa esta palavra. O Prof. Zaverucha tem autoridade, conhecimento e experiencia na regiao do Oriente Medio. Eu ratifico as palavras dele porque eu moro aqui ha trinta e tres anos. Em resumo, Nao concordo com a politica de Natanyahu, mas afirmo que nada eh conexo com o conflito atual entre o terror palestino e Israel. A resposta isrelense eh realmente muito dura, porem necessaria e justissima. Todo passo dado pelos militares israelenses sao cuidadosos para nao ferir ou muito menos matar os civis palestinos. O grande problema eh saber quem eh civil ou terrorista palestino. Quando ocorre de morrer criancas palestinas, saiba que foram usadas como escudos para que o mundo condene Israel. Outrossim, nao sei do porque^ o mundo se cala durante esses 43 dias de guerra contra o terrorismo dos constantes lancamentos de misseis contra as casas dos civis israelenses ate o dia de hoje, bem como as provocacoes do Hesbollah no Norte de Israel, ja tendo matado cerca de pessoas por aqui. Cade^ voce^? sabia disso? Entao, por favor, nao aumente o antissemitismo e leia mais antes de comentar. Peco perdao pela ausencia da acentuacao.
Dizer que não concorda com a política de Natanyiahu e aprova tudo o que ele está fazendo, é fazer pouco caso do raciocínio dos interlocutores.
O que ele está fazendo não é direito de defesa, é vingança, pura e simples. Quando a marcha dos que querem a liberdade dos reféns chegar a Jerusalém, vamos ver como ele se comporta. Até lá, até os próprios reféns podem morrer sob o bombardeio cego, que não poupa crianças, idosos e mulheres. Edifícios inteiros que desabam, às centenas, não podem resultar de bombas dirigidas apenas para militantes do Hamas.
A minha posição é a de funcionário internacional, que não privilegia naciaonalidades. E há décadas vejo que há anlistas e “analistas” que chamam de antissemitismoi qualquer crítica à política de colonização da direita isralense. Sim, vejo na imprensa internacional que aumentaram, sobretudo na Europa, manifestações contra judeus que nem são nacionais de Israel e nem têm culpa da eleição de Netanyahu e da sua incompetência em garantir a segurança em Israel, assim como manifestações contra muçulmanos que não têm culpa do terrorismo islamista do Hamas e do controle de Hamas na faixa de Gaza. Classificar essas manifestações de antissemitismo e de anti-islamismo é simplificar e fugir da questão. Eu não sou do partido a que pertence o Presidente Lula, mas considero que está atuando corretamente para atenuar o sofrimento e as mortes tanto na Palestina quanto em Israel. A atual política externa de Israel é uma fábrica de terroristas. A polítia externa do governo Lula da Silva não é antissemita. Na aual retórica de Benjamin Netanyahu até o Presidente Biden virou antissemita, e é cinsimo dizer que todos os civis mortos foram mortos por serem escudos do Hamas. A política externa do Brasil não é caudatária de nenhum outro país, exatamente porque tanto o Itamaraty quanto o Presidente Lula conhecm o suficiente de geopolítica. para saber que os interesses nacionais do Brasil são melhor defendidos semn alinhamentos automáticos. O senhor claramente não se deu ao trabalho de ler o artigo do Embaixador Rubens Barbosa.
Helga e Clemente Rosas eu os perdoo por nao conhecerem a regiao, a mentalidade perversa de um grupo terrorista e principalmente o direito de existir de Israel. Voces te^m que antes, estudar o assunto ou chegar por aqui e experimentar na carne os misseis disparados pelo “inocente Hamas” que voces defendem e se um dos misseis viesse a cair na casa de voces e perdessem um ente querido (que Deus os livre), talvez, mudem de ideia (em acusar Israel). Pois, nao conheco nenhum pais que se comporte melhor com o inimigo do que Israel. Saibam que se o Estado Judeu quisesse aniquilar (apagar do mapa) a Faixa de Gaza ou ate mesmo o Libano ou a Siria, seria muito mais facil do que ocorre hoje nesta guerra contra o terrorismo. Para concluir, sou contra a colonizacao dos religiosos ortodoxos por respeitar a divisao de terras da ONU em 1948. Mas, por outro lado, entendo a posicao dos religiosos judeus, porque eh ali que estao enterrados os avos deles, (que era terra deles ate a segunda diaspora) desde Abraao. Logo, reflitam por favor e coloquem na cabeca que Israel nao quer a guerra, porque isso nao interessa a quem quer prosperar na economia e tecnologia.