Em janeiro começa o mandato do novo presidente da República eleito nestas eleições. Independente de quem ganhe a confiança do eleitorado, o futuro governante do Brasil vai ter que desarmar algumas complicadas armadilhas que foram plantadas nos últimos anos e que ameaçam o futuro do país. A primeira armadilha reside nas contas públicas, que vêm acumulando déficit há vários anos, alimentando a inflação e aumentando a dívida pública, resultado de um persistente crescimento do gasto corrente público acima do aumento do PIB e da arrecadação. Nos oito meses deste ano, a receita cresceu 6,4% enquanto as despesas subiram 12,6%. Quem administra um orçamento familiar deve imaginar onde vai dar este descontrole dos gastos. A aposta do governo Dilma Rousseff no consumo, tanto da população quanto do governo, montou uma armadilha delicada que está levando a um alto déficit público e ao endividamento das famílias. Outra armadilha terá que ser desarmada no início do governo, com provável aumento da pressão inflacionária: realinhamento dos preços e tarifas de combustível e de energia elétrica, estrangulados pelo governo atual para esconder o descontrole dos preços e comprometendo o desempenho das empresas, sua capacidade de investimento e, mais uma vez, estimulando o desperdício de energia. Economia estagnada há três anos, com provável crescimento zero em 2014; investimentos na lona; indústria deprimida e sem competitividade; e pressões inflacionárias reprimidas artificialmente: esta é a herança (maldita?) que será entregue ao futuro presidente da República. Aos simples mortais cabe escolher, pelo voto, o piloto que vai conduzir o Brasil nos próximos quatro anos e os especialistas em desarmar armadilhas.
Nestes termos, já que “tanto faz” deixa a bomba explodir na mão da Dona Dilma mesmo…
Sei não, Débora. Essa bomba deve ser desmontada. Não irá pelos ares explodindo apenas nas mãos de Aécio, de Marina ou mesmo de Dilma que a armou mais o Mantega, o não demitido, mas demissionário, cujo pedido de será concedido com elogios à sua competência.
A bomba vai avoar caco prá todo lado, sobrando para todo mundo, inclusive eu, você e o(da) Editorialista.
Modestamente acho que deveria ser chamado o esquadrão antibomba aramado com responsabilidade fiscal, meta de inflação levada a sério, privatização regulada por Agências não aparelhadas e muita coragem para ser a Gení em 2015,16 e 17.
esta faltando mais patriotismo!
Percebe-se que o discurso catastrofista no editorial, revela o mesmo
alinhamento daqueles que anunciavam o fracasso da Copa 2014.
Por favor, isto é requentar o que já foi derrotado
A copa não foi um fracasso no sentido da sua realização durante os eventos.
PORÉM !!!….nos legou terríveis dívidas, há estádios inacabados, há que ser ver como administrar estádios caríssimos. Isso sem contar o que se está por descobrir.
Na balança então, a copa foi um fracasso sim.
Não se pode gastar mais do que se arrecada.Se fizermos isto por mais tempo a bomba explode. Para diminuir a despesa temos que diminuir o aparelhamento do Estado. Se diminuirmos o aparelhamento do Estado podemos cobrar menos impostos . Se diminuirmos os impostos o setor privado recupera sua capacidade de investimento e o Estado com um aumento do investimento privado vai arrecadar mais impostos. No cerne da questão esta a corrupção.A Petrobras é uma exemplo .Existem centenas de ações de corrupção que ao final não tem um corretivo exemplar .Veja o mensalão: já estão todos em casa e o assunto sumiu do noticiário.O Brasil tem um grande problema: a corrupção do Distrito a Presidencia
A arte de desarmadilhar, ou como-não-deixar-a-bomba-explodir, como pode se concluir, é uma nova? concepção de arte ou mesmo artesanato. Não é portanto ciência. Mais ainda, não é economia, não é engenharia, não é religião. É pura vontade politica, que pressupõe responsabilidade que tem lá embutido muito, muito, um enorme sacrifício. Considere-se que o ambiente externo é também explosivo, e que a crise de 2008, a marolinha continua viva, acrescida de uma enorme e múltipla beligerância com consequências e decorrências imprevisíveis para todo mundo. Em dúvida, registre-se os ¨causos¨ Portugal, Grécia, Irlanda, Troika, com FMI e tudo.
Boa tarde,
mais uma vez insisto que a revista informe as fontes de onde retira os dados. Isso é essencial para que não percam credibilidade.
Sem dúvida, quem quer que assuma a cana do leme, o barco vai soçobrar. Aí, então, por mais louca que pareça a proposta, eu preferiria que afundássemos nas mãos “delles”, que se embebedaram no curso e perderam a bússola.