“Copa das copas” é um exagero ufanista da Presidente. Mas, até o momento, a Copa no Brasil tem sido um inquestionável sucesso. Eventuais falhas na logística não comprometeram em nada o funcionamento perfeito dos jogos, a presença em massa da torcida enchendo os estádios e a movimentação de visitantes de todos os países, especialmente nossos vizinhos da América Latina. As manifestações contra a Copa sumiram e os brasileiros vestiram a camisa com entusiasmo, mesmo que a seleção ainda não tenha encantado, excetuando o brilhantismo de Neymar. O que esta copa tem de mais peculiar são grandes surpresas, inesperados resultados no “peneirão” que define as 16 seleções que passam para as oitavas de final. A eliminação de algumas das seleções europeias mais credenciadas – Espanha, Inglaterra, Itália e Portugal – parece mostrar uma tendência de equilíbrio crescente no nível e qualidade das seleções, permitindo que países sem tradição destronem os grandes times europeus. Os mais eufóricos afirmam que esta se tornou agora a Copa das Américas. Será? Na verdade, a esmagadora maioria dos jogadores que disputam a Copa pelos seus países, incluindo estes países que surpreenderam, joga mesmo na Europa. Muitos deles são formados e preparados por diferentes times europeus, refinando sua técnica, reforçando seu talento, ganhando massa muscular e preparo físico longe das suas pátrias. Isso vale para o Brasil, com raros dos jogadores da seleção jogando no país. Mesmo com reanimado sentimento nacional demonstrado pelos jogadores latino-americanos ao toque dos hinos nacionais, seu mundo futebolístico continua sendo a Europa, e logo estarão de volta para disputar os valorizados campeonatos nacionais europeus. Assim, não seria exagero dizer que esta parece mais ser uma Copa de jogadores dos times europeus.
Editorial
politica a parte não importa quem estivesse no poder, o importante e que cada vez mais aflora a brasilidade no povo so não, concordei com a retirada de dinheiro da saúde e da educação!
Desde 1958 uma seleção europeia não ganha no continente americano e um time americano (ou latino americano) não ganha na Europa. Asia (Brasil) e Africa (Espanha) não contam.
Haverá uma ruptura da tradição? Se prevalecer o favoritismo (que é em futebol, e aí reside sua graça, não ocorre sempre, vide a zebra Costa Rica) as duas semifinais pintam ser entre Brasil x Alemanha e Argentina x Holanda. E a final? Ocorrerá algo estranho como houve em 1966, 1978 e 1998? Não sabemos. É esperar para ver.
É difícil dar valor ao que temos de melhor. No atual time da Coréia, tem o “Garrincha coreano” e “Neymar coreano” – o passado e o presente juntos; os chineses pedem camisas do time brasileiro aos brasileiros que lá se encontram. E por aí vamos… O Júlio César é cria do nosso quintal, o Zico- “Galinho de Quintino”, também. É isso,meu amigo, se vc. quer chamar a atenção, se informe, leia mais para embasamento da crítica. Jogar futebol é uma forma de se fazer política, apartidária! Se entrar nessa, complica…
Senhor (a) editor(a),
Creio que a insatisfação popular, aparentemente geral, com o desempenho do governo e suas políticas e prioridades, incluindo os grandes desperdícios, corrupção e incompetência na preparação da Copa permanece. Mas quando a bola da Copa começou a rolar, a população aderiu à curtição do esporte favorito do brasileiro.
Se a infra-estrutura incompleta dos estádios da Copa e respectiva mobilidade urbana tivesse sido encarada como o núcleo de “Vilas da Copa” sustentáveis, vivendo 24 horas por dia e oferecendo serviços de saúde, educação, treinamento, cultura, restauração, habitação, hotelaria e varejo, talvez a insatisfação popular tivesse sido contida. Veja no link:
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=98&id=1206