Eli S. Martins*
“O maior medo dos radicais não é um outro radicalismo, mas o riso e o humor que carnavaliza e sublima.” De Roberto Da Matta
Sem piada, por favor.
O Pe. autor do texto que proclama “Je ne suis pas Charlie”, divulgado por Leonardo Boff, em certo momento declara: “Toda piada é preconceituosa”. Este é o pensamento dos fundamentalistas de todos os naipes, religiosos ou laicos, cristão ou nazistas…Deve ser muito chata a vida deste padre.
O vigor do PT
Marta reabriu o debate sobre a trajetória do PT, declarando que ou muda ou acaba. O PT já mudou. Tornou-se menos de esquerda e mais autoritário. E o PT de suas origens já acabou, pois deixou de ser o partido da ética e da mudança para se tornar um “partido convencional”, nas palavras de Lula. O pior é que sua base social também está mudando. O PT cresce nos grotões do País, e perde espaço na maioria das grandes cidades e no seio de sua base original, a classe média urbana. Os novos militantes são políticos tradicionais e oportunistas. Novo PMDB em construção?
A pátria educadora
Nossa “Pátria educadora” começou mal o ano. Primeiro foi a nomeação de um ministro que não tem nenhum reconhecimento no terreno, já ameaçou professores e entrou com uma ação de inconstitucionalidade contra o piso salarial dos professores, quando governador do Ceará. Seguiu o corte de 7 bilhões do orçamento do MEC. O Museu Nacional, no Rio, começou o ano fechado: por falta de repasse de verbas do governo federal para assegurar a limpeza e a segurança do prédio. Alguém pode explicar a nossa Presidenta o que é prioridade?
O mundo cresce, enquanto nós….
O Banco Mundial prevê que o mundo deve ter um crescimento econômico da ordem de 3%, enquanto a previsão para o Brasil é de 1% (internamente as expectativas são ainda menores). Isso tudo porque a Presidenta é economista e disse que ela é a ministra da Fazenda. A nossa chance é se Levy conseguir impor a política que seus (dela) adversários prometeram fazer. De toda forma, não recomendo a nenhum estudante frequentar as aulas dos professores de nossa Presidenta.
Nunca antes neste País…
Nunca antes neste País registrou-se um governo mais desastrado. E isso aparece não apenas nas estatísticas e na insatisfação das classes médias urbanas, mas no cotidiano. Quem diz isso não sou eu mas o ministro da Fazenda. Em seu discurso de posse declarou que já era tempo de encerrar com o patrimonialismo, “a pior privatização da coisa pública”. Deve acabar a era dos “amigos do Rei” como Eike Batista, a quem a Gestora Suprema chamou de “orgulho do Brasil” e a quem o BNDES emprestou mais de 10 bilhões de reais para financiar seus planos megalômanos. Sempre escolhas erradas.
O ministro dos Esportes inventa novo esporte
Finalmente foi descoberto porque George Hilton (PRTB) foi escolhido como ministro dos esportes: é pela prática de levantar peso. Dizem que é um dos melhores da Igreja Universal para levantar caixas com dinheiro, como aquelas vinte com as quais foi preso no aeroporto de Belo Horizonte. O homem é um às neste novo esporte.
A culpa é dos EUA. Será?
Enquanto os Estados Unidos cresceram 3,9% no terceiro semestre de 2014, o Brasil mal passou de zero (0,1%), depois de dois trimestres de recessão. O entrave de nosso crescimento não era a economia mundial?
Império do Pragmatismo
Quando na oposição Lula declarava aos quatro ventos que “quanto mais CPI melhor”. O ministro das relações institucionais, Pepe Vargas, gaúcho da corrente Democracia Socialista (DS) declara o contrário. Em face daquilo que o New York Times declarou como o maior escândalo da história, o Petrolão, ele diz que não é necessário CPI. Definitivamente político não tem ideologia (nem ética?), apenas interesse.
Riso dos privatistas
Os políticos e ideólogos mais privatistas, que pregavam, nas conversas íntimas, a necessidade de privatizar a Petrobrás, estão rindo à toa. O desastre da empresa não tem fim, o rombo é cada vez maior, as ações na justiça, inclusive americana, aumentam a cada dia, os convidados recusam participar do conselho de administração, a construção das refinarias Premium 1 e Premium 2 foram abandonadas depois de se gastar quase 3 bilhões de reais. Isso mesmo, 3 bilhões. Enfim, o governo do PT conseguiu destruir a empresa. Alguns não privatistas se perguntam, hoje, se não teria sido melhor a sua privatização. Menos corrupção, mais emprego, melhor imagem no exterior…
*Um observador anônimo de nossa política.
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