O Brasil suspira aliviado o final deste ano de 2015. O país ficou suspenso e paralisado, faltou governo e sobrou incompetência e manipulação política no meio de um completo desmascaramento de figuras destacadas da política brasileira. A economia parou, exceto os preços e o dólar, recessão de 3% e inflação de quase 11%, desemprego crescendo e desesperança dominando. O Brasil travado e rachado em torno do impeachment da Presidente da República que não governa e da cassação do presidente da Câmara de Deputados, adversários que, no entanto, se sustentam mutuamente. Este o grande paradoxo de 2015, que deve continuar dominando a cena política neste início de 2016, para agonia do Brasil. Para piorar a desilusão com este ano fatídico, os brasileiros se revoltaram com a maior tragédia ambiental da sua história no desastre de Mariana, lamentaram a dolorosa destruição pelo fogo do Museu da Língua Portuguesa e padecem a aguda crise da saúde pública com esta epidemia do século XIX. Mas 2015 foi também um ano de grandes emoções e alguma esperança com a atividade do Ministério Público e da Polícia Federal contra a corrupção sistêmica na política e na gestão pública do país. Ainda bem que este ano terminou. Infelizmente, contudo, o novo ano não promete nada melhor para o Brasil exceto a conclusão desta operação contra a corrupção que ainda deve encher várias celas das prisões. Já sabemos o tamanho da retração econômica (pouco menos de 3% de queda do PIB) e da taxa da inflação nada confortável, e vamos ter de aguentar meses de total paralisia e manipulação política em torno dos aliados e adversários do inefável presidente Cunha e da incompetente presidente Dilma com seu governo batendo cabeça entre a necessidade do ajuste fiscal e a rejeição ideológica à contenção das descontroladas despesas públicas. Os pessimistas dizem que vamos sentir saudades de 2015. Será?
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Se a sociedade ficar esperando pelo governo, cada ano vai ser pior!
O texto reflete o caos que o Brasil e s brasileiros estão vivendo em face do Desgoverno Federal, que, infelizmente, é da responsabilidade da sujeita-coisa-ruim-presidente-mequetrefe, Dilma Out.
Caro João, a conferir:
1. Dificilmente Dilma deixará o governo;
2. A pauta no Congresso só andará quando Eduardo Cunha sair lá por abril/maio;
3. A governabilidade dependerá de quem for o sucessor de Eduardo Cunha: se for aliado do governo, as coisas andam. Se for oposição ao governo, travam;
4. A economia obedecerá à dominância fiscal, ou seja, o governo vai ter que controlar o gasto e os juros não vão subir.
Excelente Editorial mas precisaria que o povo, onde me incluo, entendesse 2 detalhes: por que o STF invadiu a privacidade do Legislativo? E por que tirar o impedimento das mãos sujas de Cunha e colocar nas mãs imundas de Renan Calheiros. É possivel que sentiremos saudades de 2015.