O processo de impeachment contra o presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, se acelerou depois da revelação pelo seu motorista, Eriberto França, de que o Fiat Elba que dirigia para o presidente teria sido pago por PC Farias, tesoureiro da campanha, com contas fantasmas que confirmavam a corrupção no governo. As informações do motorista explodiram como uma poderosa bomba num ambiente de enorme desgaste e insatisfação dos brasileiros com os desmantelos do governo de Collor. Existia a evidência de corrupção, mas o processo foi essencialmente político e refletia a rejeição dos brasileiros ao governo por conta do bloqueio da poupança, da acelerada abertura externa da economia e do descontrole da inflação, desagradando a todos os grupos sociais. Agora foi um zelador e o denunciado o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que seria proprietário de um apartamento triplex em um edifício no Guarujá, onde a empreiteira OAS teria investido 770 mil reais numa ampla reforma. O ex-presidente nega ser proprietário do triplex. Mas o zelador, José Afonso Pinheiro, contou à Polícia Federal que Lula e sua esposa teriam visitado o apartamento mais de uma vez durante as obras da empreiteira, confirmando a informação. O triplez pode ser o Fiat Elba de Lula. Claro, ao contrário de Collor, Lula não é mais presidente e não tem nenhum cargo ameaçado por um eventual processo. Mas a “alma mais honesta deste país” tem a sua imagem pública altamente comprometida diante dos brasileiros, principalmente daqueles poucos que acreditaram nessa piada. Além disso, desmoralizado o mito Lula, o que sobra do Partido dos Trabalhadores? E como sobrevive o governo Dilma Rousseff, já tão desgastado quanto o ex-presidente Collor quando na iminência do seu impeachment?
Postagens recentes
-
Paz de cemitériojan 17, 2025
-
O cessar-fogo entre Israel e o Hamasjan 17, 2025
-
O longo caminho para a democracia 2jan 17, 2025
-
Enfrentando o Rentismojan 17, 2025
-
Freud e o nosso tempojan 17, 2025
-
Le Bon e as Redes Sociaisjan 17, 2025
-
Última Páginajan 17, 2025
-
A democracia ainda corre riscosjan 10, 2025
-
O exterminador do futurojan 10, 2025
Assinar Newsletter
Assine nossa Newsletter e receba nossos artigos em seu e-mail.
comentários recentes
- Maria Clara Dourado janeiro 19, 2025
- sergio c. buarque janeiro 18, 2025
- helga hoffmann janeiro 17, 2025
- CLEMENTE ROSAS janeiro 17, 2025
- Maria Clara Dourado janeiro 17, 2025
Alcides Pires A Opinião da Semana Aécio Gomes de Matos camilo soares Caruaru Causos Paraibanos civilização Clemente Rosas David Hulak democracia Editorial Elimar Nascimento Elimar Pinheiro do Nascimento Eli S. Martins Encômio a SPP Estado Ester Aguiar Fernando da Mota Lima Fernando Dourado Fortunato Russo Neto Frederico Toscano freud Helga Hoffmann Ivanildo Sampaio Jorge Jatobá José Arlindo Soares José Paulo Cavalcanti Filho João Humberto Martorelli João Rego Lacan Livre pensar Luciano Oliveira Luiz Alfredo Raposo Luiz Otavio Cavalcanti Luiz Sérgio Henriques manifestação Marco Aurélio Nogueira Maurício Costa Romão Paulo Gustavo Política psicanálise recife Religião Sérgio C. Buarque Teresa Sales
Como diz vários autores, a história não é feita só por processos mas por acontecimentos tbm.
Xô.
Chega.
Tchau, cambada de ladrões.
Ninguém aguentar mais essa turma.
Dez anos de atraso.
Por favor, peguem seus bonés e disparem.
Se Eriberto Fança mereceu crédito; por que não se dar crédito ao zelador José Afonso Pinheiro
Existem, embora procurados pela defeza, argumentos contra o fato? Muito embora a “justiça” seja outra…