Nostalgia se ameniza com carinho. Ontem, dia chuvoso, nublado, bastante escuro, muito cinzento. O coração aperta. Não se pode nem compartilhar com a companheira para não aumentar a chamada fossa.
Final de tarde. Recebo um telefonema dos Estados Unidos. Sobrinho querido, professor, que está fazendo seu sabático lá. Quer saber como estamos e conta tudo de como está sendo enfrentado o vírus naquele país. Mas o que me anima são seus avanços acadêmicos. Tem escrito muito e, auxiliado pelo seu Supervisor, procurado publicar nas melhores revistas. Grande passo para sua carreira. Mesmo com as limitações, está feliz e muito produtivo.
Meu neto acabou de ler seu primeiro livro, “As Aventuras do Capitão Cueca”. Conta que houve trechos chatos, mas que gostou da experiência. Para nossa família, isso tem muito valor. Fico muito contente.
Recebo uma reivindicação justa. É fundamental, quando passar esta fase, ir a livrarias e comprar livros, folheando papel. Concordo plenamente. Lembro da Livro 7 e o compromisso obrigatório do sábado de manhã. A Nova Jaqueira poderá substituir.
Minha filha manda dois vídeos de meu neto. Um com menos de 2 anos, em uma fazenda, descobrindo os bichos e as plantas. Outro, com 5, organizando um concurso culinário, cujo prêmio será 10 milhões, não sei do que, e, adicionalmente, um sorvete em sua casa. Fico pensando a dádiva que tem sido acompanhar sua evolução por esses anos.
Meu amigo empresário manda um vídeo. Gravou a música “Príncipe Brilhante” de Carlos Fernando e Geraldo Azevedo. Mandou com o desejo de boa noite, mas só vejo de madrugada. Penso no tempo que perdeu procurando ganhar dinheiro, não foi muito, e como privou a sociedade de sua voz e gosto musical. Deve repensar.
Esses fragmentos mudaram meu humor, fizeram-me acreditar firmemente que há futuro, que muito há para se aproveitar.
Infelizmente, nem tudo são rosas, há os espinhos.
Abro o jornal de manhã. Vejo que o Ministro de Relações Exteriores descobriu um “complô” em época de Pandemia. Para tomar o poder. Seria o “COMUNAVÍRUS” e tem que ser firmemente combatido. “MACARTISMO” de novo? Pode??????
É isso ai meu tio, lidando com as dificuldades e se apoiando nas noticias boas, mesmo que escassas. Encaremos isso como uma fase e tentemos tirar o melhor para depois da pandemia. Dias melhores virão. GRande abraço.
Bom ter notícias suas. Obrigado pelo retorno