A explosão de violência nas cidades do Rio Grande do Norte praticada pela organização criminosa autointitulada Sindicato do Crime é um sintoma dramático da degradação social do Brasil e da falência do sistema prisional brasileiro. A propagação das drogas e a ociosidade de mais de 12 milhões de brasileiros que não trabalham nem estudam (quase 30% da população de 15 a 29 anos), vulneráveis aos encantos das drogas e do dinheiro fácil, são o resultado do desastre da sociedade brasileira: desigualdades e pobreza disseminadas nas cidades. Segundo a OCDE, o Brasil tem o segundo maior percentual de jovens de 18 a 24 que não estudam nem trabalham (quase 36% da população nesta faixa etária). Além do problema social, esta ociosidade representa para o país um enorme desperdício de recursos humanos, uma vez que, devidamente educados e treinados, dariam uma grande contribuição para o incremento da produção e da riqueza nacionais.
O péssimo sistema da educação pública não atrai os jovens para a escola nem os prepara para o mercado de trabalho. Quando apenas 8% dos concluintes do ensino médio têm proficiência em matemática, não sobram oportunidades de ocupação para os 92% despreparados para as crescentes exigências da nova economia. Tudo indica que este é um terreno fértil para o crescimento do crime organizado, e da produção, distribuição e consumo de drogas que levam à violência e agravam a crise social.
Enquanto isso, as prisões brasileiras, que deveriam ser um espaço de reeducação das pessoas que cometeram algum delito, transformaram-se em verdadeiras escolas de criminalidade, e estão sendo administradas pelas organizações criminosas. O Estado joga os presos num depósito degradante, insalubre e com celas superlotadas, e deixa que essas organizações assumam o controle e formem novos contingentes de “soldados” do crime. São mais de 900 mil presos, dos quais 44,5% são provisórios, e muitos mantidos nas prisões por burocracia ou falta de assistência jurídica, numa média de 1,4 pessoas por vaga.
Entre os muitos e complexos problemas sociais do Brasil, estes são dois aspectos que se somam para gerar um ambiente explosivo de violência e insegurança no país: os jovens “nem-nem”, de um lado, e do outro o crime organizado, formando verdadeiros exércitos de criminosos nas prisões.
Tristes verdades.
São várias as causas da delinquência juvenil em nosso país. O baixo nível de escolaridade, sem dúvida, constitui um dos fatores mais presentes nesse estado de calamidade social, sendo de notar, todavia, que tudo é consequência do alto nível de corrupção existente nos poderes da República. Não existe no Brasil uma política de estado seriamente voltada para a educação, que contemple a formação de professores e a disponibilidade de salas de aula instrumentalizadas com equipamentos modernos destinados a proporcionar eficácia no desempenho do corpo doscente. É claro que tal proposta requer compromisso ético e consciência de objetivos, valores estranhos aos donos do poder.
Alarmante é vivenciar o espaço da sala de aula como propagador da delinquência entre as crianças e jovens, visto que o modelo deturpado apresentado pelos pais, assim como por uma parte significativa dos políticos, ministros, magistrados e demais servidores públicos, potencializam a ideia de que “o crime compensa.” É o declínio da presença do homem na Terra. Que venham as catástrofes, guerras, epidemias, miséria e fome, com o propósito de eliminar Boa parte da sociedade; quiçá a humanidade inteira, visto que, não aprendemos nada em relação aos ensinamentos do Mestre Jesus, assim como, os demais sábios que por aqui passaram: lamentável!