Um garoto de 10 anos chamado Klevison, morador do Jordão, morreu terça-feira última depois de ter sido atingido dentro da casa onde morava pelo que a imprensa e as autoridades chamam de “bala perdida”, resultante de um tiroteio entre policiais e bandidos tendo a casa dos seus pais como escudo. É tempo de parar com o eufemismo, puro lero-lero irresponsável e, como se vê, assassino. Bala perdida é a que se perde no mato, não a que encontra a cabeça de uma criança. Mas não passa uma semana sem que a imprensa brasileira noticie fatos desse tipo. Os nossos policiais ou são mal formados, ou acostumaram-se com a tolerância dos seus superiores a tais atitudes. A polícia só pode fazer uso de meios letais em legítima defesa, sua ou de terceiros, ou no estrito cumprimento do dever legal – o que não inclui atirar num motorista que não parou num simples controle de veículos, ou disparar contra um ladrão em fuga com o risco de atingir inocentes. E no entanto, tudo isso é corriqueiro entre nós. É mais do que tempo de encararmos isso como o que isso é: juridicamente, uma infração penal; moralmente, uma aberração.
Conselho Editorial
Prezados editores:
É uma aberração e um delito, mas que tem raízes na impunidade generalizada, em que os cidadãos comuns dia a dia perdem seus direitos e os criminosos de todos os matizes andam armados(são os privilegiados do estatuto do desarmamento, que ignoram solenemente), aos quais não são aplicadas quaisquer sanções por andarem e exibirem armas de uso exclusivo das forças armadas. Não seria a hora de pararmos de inculpar os policiais e exigirmos que as condenações sejam cumpridas, que os habeas corpus sejam concedidos de maneira parcimoniosa, que os processos criminais não sejam anulados pelas cortes superiores por detalhes processuais que poderiam ser sanados, que a progressão e redução de penas não seja feita automaticamente sem levarem conta o comportamento do preso, que o crime de matar um tatu não seja considerado crime inafiançável enquanto que o atropelamento e morte de uma criança permite que o autor dodelito pague fiança e responda ao delito em liberdade, que um índio ande de arco e flecha no centro do Rio de Janeiro impunemente e ainda ameace os seguranças de um orgão estatal como é o BNDES, sem que nada lhe aconteça.
Reflexão sobre quais deveriam ser os nossos valores como sociedade e nação é o que está faltando e muito.
Atenciosamente
Ednardo Melo
And horror films go to certain places. There’s blood in the film and action and destruction. “.
Carolina Panthers Jerseys Cheap http://mymuslimpartner.net/member/blog_post_view.php?postId=62474