Na América Latina, a partir do Concilio Vaticano II em 1961-65, a Igreja voltou seu olhar sobre os conflitos materiais do homem, sobretudo com a Teologia da Libertação. Havia uma ação pastoral para além do cuidado com o espírito, onde a Igreja buscava se alinhar com as forças laicas envolvidas com a libertação de injustiças sociais. A proximidade com uma práxis marxista assustou o Alto Clero do Vaticano e o Cardeal Ratzinger, papa Bento XVI, teve a missão de esmagar essa “primavera” cristã, perseguindo padres envolvidos com a Criação das Comunidades Eclesiais de Base, Direitos Humanos, Pastorais da Terra e outros padres operários que viviam militando um cristianismo comprometido com mudanças sociais e organização política dos excluídos. No Recife, logo após a visita de João Paulo II, a comunidade católica haveria de amargar o efeito dessa guinada à direita, com a troca de Dom Hélder (chegara o momento da sua aposentadoria), por Dom José Cardoso, um burocrata de limitada estatura intelectual que veio para fazer valer a autoridade dos cânones da Vaticano. O Papa Francisco se inspirou em São Francisco de Assis para orientar seu papado. São Francisco de Assis, relatam os historiadores da Igreja Católica, através de uma “experiência mística” ouviu o chamado de Deus para renovar a Igreja abolindo a corrupção, a luta pelo poder político e o distanciamento do povo. Será que estamos diante de uma renovação da Igreja, nos moldes da experiência progressista dos anos 60-70?
Os Editores
Sim. Mas não mais pelo alinhamento com partidos políticos ou ideologias que pretendam hegemonia planetária, como queriam então socialistas e liberais. Tudo isso perdeu credibilidade, em todos os lugares do mundo. O que a igreja quer agora é recuperar sua própria credibilidade como guia da conduta individual dos cristãos. Isso terá impacto político em termos de controle social do Estado, imagino, na medida em que a Igreja conseguir uma inflexão comunitária em favor de uma ética cristã.
O que a Igreja Católica tem feito, nesses quase dois mil anos de história, foi buscar o domínio dos povos, em escala planetária, visualizando a construção do Reino Universal de Deus.
Desde a Reforma Protestante, a Igreja Católica tem perdido seu caráter “oficial”, de única intérprete da vida no mundo ocidental, sob a ótica do Cristianismo reinterpretado. Hoje em dia ela tenta reconstruir suas base, tentando sobreviver com idéias de 2000 anos atrás.
Conseguirá ?
Com a ascensão da burguesia e suas variáveis, ela perdeu,também sua base econômica
A perda do poder de controle de alguns Estados monárquicos autoritários, a partir da Revolução Francesa e o advento de inúmeras repúblicas, a Igreja Católica tem perdido sua base política, além de ter perdido seu caráter “oficial” de interpretação da vida, desde a Reforma Protestante
Nos 60/70 o contexto era ideologico. Agora a questão é outra, consumo, drogas, exclusão social, sustentabilidade e etc. O Papa lança uma mensagem de reflexão principalmente para os jovens.
Prezados,
aprendi com Aloísio Magalhães, em memorável palestra no antigo Instituto da Cidade, na prefeitura do Recife, em 1980, que a história evolui em círculos ascendentes.
E, por isso, nunca se repete porque as condições objetivas e condicionantes sociais são outros.
O Papa Francisco é um fiador da fé. Mas vai além. É um provedor de serviços do Evangelho.
Seu dicionário conta com palavras como justiça, misericórdia, solidariedade.
E esses conceitos estão vestidos com uma simplicidade, perdão, franciscana.
Penso que seu roteiro, nos próximos anos, vai abordar:
1 mudanças na Cúria romana;
2 aprofundamento do estilo despojado do bispo de Roma;
3 convocação do Concílio Vaticano III para prosseguir a linha de João XXIII.
Não será resgate. Mas será avanço.
Abs,
Luiz Otavio Cavalcanti.
Acho que ainda e cedo para dizer a que veio este Papa. Excitem fatos que apontam na direcção contraria da Libertação pretendida. Primeiro, a aceitação de um provável acordo para manter Ratzinger no Vaticano numa condição que não poderá ser responsabilizado por sua gestão. Depois há inícios de que tem uma posição conservadora com relação a temas como aborto, homossexualismo, etc. Há noticias na imprensa (ver artigo de Calligaris na Folha de 25.7) sobre um manualzinho distribuído com o kit entregue na JMJ aos jovens bem preocupantes. Em Copacabana esculturas de fetos foram distribuídas. Parece que não há um esforço sincero, por parte da Igreja Católica, de chegar mais perto dos problemas que afigem o mundo moderno.
Chega de papa: Eu quero sopa!
Sopa de aveia
!cebola finamente picada
1 dente de alho esmagado
2 colheres de sopa de manteiga
1 litro de caldo de carne
1 xícara de aveia em flocos
1 colher de chá de ervas finas
2 colheres de sopa de creme de leite
leve ao fogo uma panela, ponha a manteiga para derreter, doure a cebola e o alho. Junte o caldo de carne e a aveia. deixe cozinhando por, ,aproximadamente, cinco minutos, acrescente as ervas e o creme de leite. Sirva ainda quente.
Esta receita é bem reconfortante para os dias mais frios e acalma o espírito.
Excelente sopa Ester Aguiar, sobretudo por ser vegetariana!
O acaso nada mais é que uma necessidade reconhecida.
A ser verdadeira essa concepção marxista do acaso, eu diria que nenhum acaso teria sido mais positivo do que este que levou o papa Francisco ao pontificado. Esse “meu xará” (vai ver que é por isso rs rs rs) é de fato “o cara”!
Concordo que ainda é cedo. Dificil perceber com clareza o rumo que as coisas tomarão. Mas se ele conseguir levar a bom termo a luta que seus passos iniciais deixam antever que está disposto a travar (a luta contra a pompa característica até hoje da cúpula católica e naturalmente da corrupção que alimenta essa pompa), já se terá andado léguas no caminho de uma Igreja que procure chegar mais perto do estágio em que a deixou o grande João XXIII e que foi paulatinamente interditado por seus sucessores.
As restrições apontadas por Clara são verdadeiras. Mas numa multidão de mais de um milhão de pessoas, composta por grupos os mais heterogêneos, vindos de 175 países participantes, não há como controlar o conteúdo do material distribuído. Nem a sua distribuição pode ser vista como autorizada pelo papa ou que seja significativa das posições por ele defendidas. Há outras restrições, até mais graves. Como a de que teria sido colaborador da ditadura de Videla e outros facínoras. Algumas informações sobre a posição da Igreja argentina na estrutura geral do poder de Estado (que a configuram como bem mais dependente das estruturas políticas de poder) e depoimentos insuspeitos de figuras como Leonardo Boff, me fazem acreditar, em princípio, que tais acusações não sejam verdadeiras.
De uma forma ou de outra, nada desqualifica a inequívoca autenticidade com que soube revestir suas falas, nessa oportuna passagem pelo Brasil. Os exemplos que deu de desprezo pelas regalias e facilidades costumeiras, a confiança revelada no povo, a firmeza com que defendeu valores há muito esquecidos, fazem–nos acreditar que, não sendo nada, terá sido um ótimo começo.
O Papa Francisco despertou muitas esperanças, algumas exageradas, imaginam o Papa reformulando o entendimento conservador da Igreja em relação ao aborto, a União Homoafetivo, LGBT, a Castidade dos sacerdotes,a permissão de freiras ministrarem os sacramentosSa.A sua Santidade tem um forte compromisso contra a fome a miséria, talvez nos moldes e limites dos Programas sociais dos governos LULA e DILMA.Tem uma personalidade muito afavel, é extemamente comunicativo e afetuoso.Acredito que poderá fazer algumas reformas no vaticano, no entanto, superficiais e muito mais de comportamento despojado de qualquer ostentação de riquezas, Não avançará na modificação dos dogmas da Igreja Católica e em especial no que diz respeito ao aborto, LGBT, União Homoafetivo, e outros.Acho o PAPA FRANCISCO muito simpático, boa gente, gosto sua maneira despojada de ser, mas queremos sempre mais e nada impossibilita que agente continue sonhando com um PAPA verdadeiramente progressista, identificado com a teologia da libertação.Apesar de tudo VIVA O PAPA FRANCISCO.
Dos depoimentos lidos acima, estou mais na linha do Marcelo Santa Cruz, o Papa Francisco está com muita vontade de avançar mas numa modernização do tipo “manter a essência, adaptando-se a novas formas”. Está tentando formar um novo núcleo de poder dentro da Cúria, quase um contrapoder, para “oxigenar” o Vaticano. Como ele diasse, vai ouvir muito os “jovens revolucionários” e os “sábios idosos” e tentar um novo equilíbrio dinâmico, diria eu, do tipo “lulista”, mas vale lembrar que ele também frisou não pretender deixar que a igreja seja manipulada para fins político-ideológicos…Por fim não podemos deixar de perceber que o Papa Francisco tem CARISMA e não é bobo. Acho que ele tem muita chance de avançar no que pretende, como bem deseja nosso querido Leonardo Boff.
Sabemos que, quando a Igreja Catolica esta em crise financeira, os PAPAS viajam por varios paises.
A relifgiao evangelica esta crescendo muito em numero de fieis , sendo assim , e um forte concorrente a Igreja Catolica.
E na briga pelo DINHEIRO, vale tudo.
Sabemos que religiao e um excelente comercio, e muito lucrativo.
Sabemos que, Jesus nunca pediu dinheiro a ninguem.
E os padres e pastores evangelicos estao milionarios ,usando as palavras de Deus e de Jesus.E vigarismo, e extorsao.
Nossa casa e o nosso temple sagrado e o nosso quarto, nosso oratorio.
DEUS e EU nos entendemos muito bem, nao preciso de intermediarios vigaristas.
O dinheiro que recebo e para o conforto meu e da minha familia.
E nao para o conforto dos padres e ou pastores e seus familiares.
O que interessa aos padres e pastores evangelicos e a salvacao financeira e nao a salvacao espiritual de ninguem.
Vigarismo devia ser pecado mortal.
Como e facil enganar milhoes de pessoas .
ITO CAVALCANTI
CALIFORNIA, U.S.A..