A Copa do Mundo acaba neste final de semana (para o Brasil já terminou de forma melancólica) e começa outro grande espetáculo: a campanha eleitoral. Este espetáculo, no entanto, longe de unificar a nação, como nos jogos da seleção brasileira, divide o Brasil numa disputa acirrada pelo voto dos brasileiros. A campanha dificilmente mostrará as diferenças de concepção e propostas de governo, na medida em que todos os candidatos são levados a dizer o que a maioria da população gostaria de escutar e os marqueteiros (com pesquisa na mão) se encarregam de empacotar, embelezar e florear. Assim, escondem as divergências de fundo e brigam no terreno publicitário, despertando as fantasias e ilusões da população. Esse é o espetáculo de imagens e mecanismos de sedução publicitária. E, no entanto, existe sim uma grande diferença entre os candidatos a presidente da República, diferença que pode ter repercussões muito importantes para o futuro do Brasil. As diferenças se manifestam na condução da política macroeconômica com o controle da inflação, no papel do Estado e sua relação com o setor privado, e na responsabilidade e capacidade de gestão pública. Mas a grande questão que se impõe na escolha do futuro presidente do Brasil remete ao diagnóstico da realidade brasileira: o presidente que vai assumir este país a partir de 2015, com todas as suas dificuldades e estrangulamentos, deve partir do entendimento que o problema do Brasil, tanto econômico quanto social, é um problema estrutural e decorre, principalmente, do baixo nível da educação e da qualificação profissional que comprometem a produtividade e a competitividade da economia, consolidam as desigualdades sociais e impedem o crescimento econômico. O candidato que ignorar este diagnóstico não vai implementar reformas estruturais e políticas transformadoras capazes de preparar o Brasil para o futuro.
Postagens recentes
-
Será que agora vai?nov 22, 2024
-
Jornada de trabalho e produtividadenov 22, 2024
-
Onde está o nexo do Nexus?nov 22, 2024
-
Janja xingou e levou um sabão da mídianov 22, 2024
-
Brasil, o Passadonov 22, 2024
-
Camões, 500 Anosnov 22, 2024
-
Última Páginanov 22, 2024
-
O ódio político no Brasilnov 15, 2024
-
Quem mentiu: Trump, Putin ou The Washington Post?nov 15, 2024
Assinar Newsletter
Assine nossa Newsletter e receba nossos artigos em seu e-mail.
comentários recentes
- José clasudio oliveira novembro 20, 2024
- helga hoffmann novembro 19, 2024
- Elson novembro 19, 2024
- Marceleuze Tavares novembro 18, 2024
- Keila Pitta Stefanelli novembro 16, 2024
Alcides Pires A Opinião da Semana Aécio Gomes de Matos camilo soares Caruaru Causos Paraibanos civilização Clemente Rosas David Hulak democracia Editorial Elimar Nascimento Elimar Pinheiro do Nascimento Eli S. Martins Encômio a SPP Estado Ester Aguiar Fernando da Mota Lima Fernando Dourado Fortunato Russo Neto Frederico Toscano freud Helga Hoffmann Ivanildo Sampaio Jorge Jatobá José Arlindo Soares José Paulo Cavalcanti Filho João Humberto Martorelli João Rego Lacan Livre pensar Luciano Oliveira Luiz Alfredo Raposo Luiz Otavio Cavalcanti Luiz Sérgio Henriques manifestação Marco Aurélio Nogueira Maurício Costa Romão Paulo Gustavo Política psicanálise recife Religião Sérgio C. Buarque Teresa Sales
Excelente editorial. Nada de chorar a derrota futebolística histórica, uma leve menção. E foco no essencial: o problema estrutural da educação. Não quis ironizar com a noticia do governo que vai intervir no futebol, criticando a CBF e cia. Justo oportunismo político. O mesmo que fez a presidente declarar um projeto de reforma politica no dia 21 de junho de 2013 quando milhões estavam nas ruas distribuídos em centenas de cidades. Ela que havia assumido em 1 de janeiro de 2011. Ou seja falou da relevância da reforma política dois anos e meio depois. Para em seguida esquecer. Como vai esquecer brevemente esta história de intervir nesta estrutura fossilizada que é a CBF e cia.
A manchete do Correio Braziliense, foi interessante. Governo vai intervir no futebol O que fez minha mulher perguntar. Como assim? Dilma vai jogar de goleiro?
além da educação e saúde A HONESTIDADE.
Certíssimo o editorial ao dizer que “o problema do Brasil, tanto econômico quanto social, é um problema estrutural e decorre, principalmente, do baixo nível da educação e da qualificação profissional que comprometem a produtividade e a competitividade da economia, consolidam as desigualdades sociais e impedem o crescimento econômico”. Chega de ouvirmos promessas de um lado e de outro, queremos ações. Chega de bolsas disto e daquilo, queremos brasileiros preparados para exercerem profissões e melhorarem suas qualidades de vida sem dependências do governo.
Recentemente vi na mídia que um voto para deputado federal no nordeste vai custar cerca de R$ 200,00 e quem quiser se eleger deve dispor de R$ 10 milhões.
Quem se dispõe a gastar isso?
Aquele que consegue arrecadar uma parte e que dispõe de outra parte em recursos próprios. Como consequência disso, o que foi arrecadado deve ser devolvido em forma de benefícios gerados pelo mandato público (que vira privado) e os recursos próprios devem retornar em forma de propina, pois daqui a 4 anos tem que ter R$ 10 milhões novamente. Esse sistema eleitoral precisa de uma reforma urgente e prioritária.
O artigo é importante quando abre o debate para as questões estruturais do país. Essa do sistema eleitoral é importantíssima para melhorar a qualidade no parlamento.
As eleições têm sido o jogo em que o Brasil mais tem sido goleado. Muito pior que os 7×1…