A Venezuela experimenta uma grave crise econômica que se mistura e alimenta a instabilidade politica. Governo e oposição radicalizam o discurso, afastando o bom senso e inviabilizando o entendimento e a negociação para lidar com desorganização da economia, numa marcha da insensatez. Com inflação de 56% ao ano (mais alta taxa do planeta), desabastecimento, mercado negro, e insolvência externa, cresce a insatisfação da população, reforçando a oposição e exigindo medidas drásticas do governo na gestão macroeconômica. As manifestações de rua de chavistas e opositores mostram uma cisão profunda na sociedade venezuelana que não pode ser ignorada ou escondida com os velhos chavões e acusações ao imperialismo e à “direita fascista”. O enfrentamento da crise econômica na Venezuela pode exigir medidas e decisões contrárias ao bolivarianismo, abandonando o controle burocrático e ineficaz de preços, reestruturando os gastos públicos para conter o déficit, e negociando financiamento externo para deter a sangria de divisas. Parece improvável que o presidente Maduro queira e que tenha o apoio da sua base política para esta reorientação política que, além do mais, deve ampliar, no curto prazo, a insatisfação da sociedade. A oposição poderia apoiar uma política econômica de emergência, mas não parece disposta a poupar e, digamos, salvar o mandato do presidente Maduro. Está formado o impasse e aberto o caminho para o confronto que pode levar o país ao desastre, seja quem for o vitorioso. Ou melhor, não há vitorioso mas a Venezuela será a derrotada.
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o capitalismo brutal e a causa de tudo isso não podemos esquecer do golpe de 1964 arquitetado pelo os norte americanos alias em toda américa latina, mais isso e problema interno da Venezuela.
PORQUE NAO FALAMOS DO NIOBIO?
Colocar a culpa no capitalismo brutal é o mesmo que querer tapar o sol com a peneira. Ninguém quer observar governos corruptos e ineficases, onde em nome de um socialismo obsoloeto, termina fazendo com que quem produz algo, deixe de produzir esperando pelas benesses do estado. Este por sua vez, não sabe evoluir e começa a encher de parasitas…
A radicalização política me parece ser a causa primeira da divisão da Venezuela. O governo de Chavez alimentou a discórdia a partir de um discurso anti elite e anti imperialismo para manter o país em permanente alerta contra esses “inimigos”. Muito discurso e radicalização ideológica para combater o inimigo e a falta de respostas efetivas para superar a crise na economia. Um pais que depende em muito da importação de artigos da primeira necessidade, brincando de revolução “socialista bolivariana”. O que é isso gente?
A questão da Venezuela, agora, abrange o restante do continente. Porque há claramente uma divisão entre países bolivarianistas e países não bolivarianistas.
Não há pressão de fora para dentro da Venezuela para garantir o funcionamento de instituições democráticas. O governo de Caracas já destratou o SG da OEA.
Penso que a tendência é o regime venezuelano aprofundar sua feição autoritária contando com a omissão diplomática do Brasil e a conivência de Argentina, Bolívia e Equador.