No documento intitulado “A ponte para o futuro” o PMDB propõe reformas para eliminação das vinculações orçamentárias e desindexação de todos os itens que engessam a gestão do orçamento e levam a um crescimento descontrolado dos gastos públicos correntes. Defende ainda a reforma da Previdência com definição de uma idade mínima, de modo a adaptar o sistema às profundas alterações ocorridas na estrutura etária com o envelhecimento da população. Propostas controversas e que provocam reações indignadas de diversos grupos de interesse, mas que são necessárias para restaurar a capacidade de gasto e investimento público, fundamentais para o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida da população. A proposta vai muito além de um ajuste fiscal. Combina medidas de emergência com reformas estruturais, procurando enfrentar as causas profundas do desajuste fiscal e identificando a rigidez na gestão orçamentária que provoca uma elevação descontrolada das despesas governamentais. O fim das vinculações exigiria um novo pacto entre os poderes da república e o PMDB se adiantou nessa mediação, fornecendo a pauta da sucessão. Independentemente dos autores e dos seus evidentes propósitos eleitorais, o documento, pelo acerto de suas proposições, deveria servir como base para a negociação e as discussões em torno da crise fiscal e econômica e das iniciativas para o futuro.
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De pleno acordo com o editorial e com o documento comentado, que tive a oportunidade de ler.
Com apenas uma ressalva: a eliminação das vinculações orçamentárias referentes à saúde e à educação é medida extremamente perigosa, conhecendo-se, como conhecemos, a realidade de nossa prática político-administrativa.
Eu sou um cara medroso. Sou sim, e quem não é? Tenho medo que a desindexação nos leve ao caos. A desindexação pode se transformar num desarranjo intestinal. Aí é onde o País vai descer de esgoto abaixo. Tenho medo que as propostas levem à descarga a Lei de Responsabilidade Fiscal. Tenho tanto medo que já estou sentindo um reboliço nas tripas, prenúncio de cólicas. O governo atual pisou na bola quando achou que podia tudo e ainda dizia que os outros não fizeram porque não quiseram. Lembram-se de: “Nunca na História desse…”; “Desde o Império…”; “vou fazer mais duas refinarias: Premium 1 e Premium 2” Tudo seria perfeitamente viável se viável fosse. O dinheiro acabou, e agora José…
Perfeito. Acabo de escrever e falar na mesma linha:
PONTE PARA UMA ALTERNATIVA CONSERVADORAD – TEMER + DELFIM + FHC
Segue o link da entrevista que foi publicada hoje.
http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/548692-crise-economica-e-as-consequencias-do-custo-da-divida-publica-entrevista-especial-com-paulo-timm
Artigo bom e corajoso. Parabéns.
Se aplicado, o programa econômico resumido, com medidas de curto prazo e reformas estruturais de mais longo prazo, apresentado em “Uma Ponte para o Futuro”, poderia nos tirar da crise econômica. O documento de 19 páginas pode ser acessado facilmente no site da Fundação Ulysses Guimarães. Por entrevistas que li até agora, figuras políticas relevantes consideraram bom o documento, como José Serra em entrevista do Estadão, Arminio Fraga em entrevista à Folha de S.Paulo de 17 de novembro de 2015, e Henrique Meirelles segundo o jornal O Valor. Fora Michelt Temer, que apresentou o documento quando ele foi lançado. De fato, achei corajosa e correta a decisão dos editores da revista Será? de sair na frente com uma opinião, logo que o documento foi lançado.