Encômio a SPP

Charles Darwin.

Manchete do jornal da vila na quarta feira de cinzas: Bolsonaro deu férias à oposição. O cara passou o Carnaval, provavelmente doido para cair na gandaia, brigando com quem estava brincando. Bateu boca com Daniela Mercury, xingou Caetano Veloso e meio mundo, e ainda divulgou vídeo “imoral” com homens mijando um no outro. O cara não tem nada mais importante a fazer, não? Foi o comentário na quinta pela manhã, na feira da vila.

O pateta da semana é….o Vélez, claro, com a portaria para que as crianças nas escolas fossem filmadas cantando o hino nacional. Segundo Maria, a costureira da vila: “Falta um assessor ao ministro da educação. Aquele assessor responsável por dizer v.d.m”. Será?

O problema, porém, pode ser mais embaixo. O déficit cognitivo parece que é mais geral. Segundo o Instituto Paraná, 62% dos brasileiros concordam com a iniciativa estapafúrdia do ministro. Discordam apenas 27%.

E saber que existe uma lei de 2009, assinada pelo presidente Lula, recomendando às escolas cantarem o hino nacional antes do início das aulas. Custava uma correspondência aos secretários de educação sobre a observância da velha lei? Como os petistas iam ficar contra? Simples assim. Mas quem disse que este governo gosta de coisas simples?

“Vice”, um dos favoritos ao Oscar deste ano, mas que não levou, bem que o poderia. É uma crítica arrasadora ao sistema político norte-americano (menos racional e puro do que pregam alguns), ao Trump e ao povo americano. Mas, olhando mais de perto, é uma crítica também ao líder do governo brasileiro.

“Mourão vai morar no meu coração”, diz uma das versões de uma canção carnavalesca. Perguntado sobre o recuo de Moro no convite da cientista política Ilona Szabó para participar (como suplente) do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, respondeu: “É uma derrota para o país, que precisa aprender a conviver com as diferenças de opinião”. Moro recuou por ordem do capitão, que por sua vez tomou esta posição pressionado pelos filhos.

Não vou citar a fonte, pois não tenho autorização, e prefiro contar a piada e preservar o amigo:

Um homem entrou no bar e foi atendido por um robô que lhe perguntou o seu Q.I. O homem respondeu: 150. O robô lhe serviu um uísque e começou a conversar de AI, nanotecnologia, espiritualidade e literatura.

O cara ficou impressionado, e ao sair do bar resolveu voltar para fazer um teste. O robô outra vez lhe perguntou o Q.I. E ele respondeu: 100. O robô lhe serviu uma cerveja e começou a falar de política, futebol, mulher.

Impressionado, o cara resolveu fazer mais um teste. Saiu, e quando o robô lhe perguntou o Q.I., ele respondeu: 30. E o robô lhe serviu um suco de laranja e começou a conversa: “E aí cara, o Mito tá muito fofo, não tá”?

O governador de São Paulo, entre outros, declarou que era um direito de Lula ir ao velório do neto. “Um direito de qualquer presidiário”, disse. Firmino, o vendedor de pamonha da vila, logo comentou: “Imagine se todo presidiário desse país inventar de requerer o direito de ir ao enterro de um pai, uma mãe, um cônjuge, um filho ou filha, um neto ou neta, e o Estado lhe dispuser o transporte e a segurança necessária. Vai ser dinheiro à beça, cara. Será que os contribuintes vão concordar que seus impostos sejam gastos desta forma”?