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É inegável que os valores do passado, como os transmitidos pelas religiões, pela filosofia e por outras áreas do conhecimento, vêm moldando o que somos hoje como indivíduos em sociedade.

A mensagem de Cristo representou uma ruptura em sua época, ao elevar nossa humanidade a um nível de tolerância e amor ao próximo nunca imaginado.

Entretanto, ao longo dos séculos, ocorreram muitos desvios, e as instituições religiosas passaram a ser mais um sistema que, se de um lado serve para garantir conforto àqueles que dela fazem parte, por outro, tornou-se uma fonte de separação, intolerância e, muitas vezes, de violência. Contam-se às centenas as guerras religiosas.

Seja crente, ateu ou agnóstico, paira sobre nós, acima de nossas convicções políticas, filosóficas, científicas ou religiosas, o fato de sermos parte de uma mesma humanidade.

Uma humanidade fraturada pelas desigualdades, pela intolerância política e religiosa, pelas barreiras dos nacionalismos, pelas diferenças culturais e pela ignorância, mas que, ainda assim, permanece como um todo único.

Que neste ano de 2025 sejamos capazes de romper as barreiras que nos separam, guiados por valores que ecoam do passado e que insistem em evocar nossa essência humana: “Amai-vos uns aos outros”.

Recife, 21 de dezembro de 2024.