Vira e mexe, a Presidente Dilma Roussef agita o temor de um golpe de Estado que estaria sendo organizado pela oposição para derrubar seu governo. Para assustar a população e desviar a atenção dos seus fracassos e da sua incapacidade de governo, a Presidente e seus poucos e dispersos simpatizantes (os 7% que ainda consideram seu governo Bom e Ótimo) acusam seus críticos e opositores de golpistas, num desrespeito à inteligência pública e numa total desconsideração com os conceitos. Até onde pensamento político e jurídico alcança, golpe é a quebra das regras institucionais que regulam a alternância de poder numa democracia com o objetivo de tomar o poder do governante legitimamente eleito. “Então, como Dilma foi eleita, qualquer movimento para tira-la da Presidência seria um golpe, seja com tanques cercando o Palácio do Planalto, como houve em 1964, seja com um processo jurídico e político no Congresso Nacional”. Esse é um discurso falso, falacioso e manipulador. A democracia que define regras para a eleição do Presidente contempla também mecanismos institucionais que autorizam e permitem a interrupção do mandato governamental no caso deste governante ferir ou violar outras normas legais. De tal maneira que o Congresso tem legitimidade para declarar o impedimento do mandato de um governante, como a Presidente Dilma, se entender que ela perdeu a legitimidade para continuar no poder. O impeachment é um mecanismo previsto na Constituição e quando aplicado não pode ser confundido com quebra de regras legais. O impeachment não altera e está previsto dentro das regras do jogo. Exatamente o que ocorreu com o impeachment de Fernando Collor de Mello em 1992, ele também eleito pelos brasileiros? Ou será que a presidente Dilma e seus aliados entenderam que foi dado um golpe no presidente Collor? Com um agravante no caso de Dilma: sua própria eleição pode ser questionada pelos meios utilizados para atrair votos do eleitorado desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal com a gastança que deixou agora a herança maldita da crise fiscal.
Golpe? Que golpe? – Editorial

Então, vamos usar o mesmo conceito usado pela revista aqui para promover o impeachment do “seu auq-min e do seu richa”? Sim porque os dois andaram pedalando à vontade… (aliás já estão parecendo motocicletas de tão rápidos nesse tipo de “gatilho”…e principalmente por suas “guerras” à educação e cultura nos dois estados..
E HÁ PROVAS CONTRA ELES (abafadas pela “madrinha” imprensa, é claro)
E então, vamos fazer o deles primeiro, porque CONTRA A DILMA, vocês é que ainda terão que “pedalar” muito para conseguirem achar UMA PROVA SEQUER!
“SERÁ”… que tá combinado, então?
Se permitido for, gostaria de apresentar texto escrito e lido cerca de cem anos atras, extraído de OBRAS COMPLETAS DE RUI BARBOSA – VOL. XLI. 1914 – TOMO III
DISCURSOS PARLAMENTARES: A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação. A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.
A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os podêres nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. Essa foi a obra da República nos últimos anos.
No outro regimen, o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre — as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade gerais.
Na República os tarados são os tarudos. Na República todos os grupos se alhearam do movimento dos partidos, da ação dos Goveriios, da prática das instituições. Contentamo-nos hoje com as fórmulas e aparência, porque estas mesmo vão se dissipando pouco a pouco, delas quase nada nos restando.
Apenas temos os nomes, apenas temos a reminiscência, apenas temos a fantasmagoria de uma coisa que existiu, de uma coisa que se deseja ver reerguida, mas que, na realidade, se foi inteiramente.
E nessa destruição geral das nossas instituições, a maior de todas as ruínas, Senhores, é a ruína da justiça, colaborada pela ação dos homens públicos, pelo interesse dos nossos partidos, pela influência constante dos nossos Governos. E nesse esboroamento da justiça, a mais grave de todas as ruínas é a falta de penalidade aos criminosos confessos, é a falta de punição quando se aponta um crime que envolva um nome poderoso, apontado, indicado, que todos conhecem, mas que ninguém tem coragem de apontá-lo à opinião pública, de modo que a justiça possa exercer a sua ação saneadora e benfazeja.