Num certo momento, a partir de meados dos anos 1970, Olinda foi cenário e fonte inspiradora de uma inusitada atmosfera boêmia. Nas suas ruas, sobretudo nas suas noites, além de algumas casas acolhedoramente abertas ao trânsito de todo tipo de gente, corria e trepidava um veio de vida e exaltação dissipadora e errática que se estendeu sem pausa durante alguns anos. Uma primeira leva dos personagens aqui considerados, no geral retratados mais como grupo do que individualidades nitidamente diferenciadas, tinha em comum, como pano de fundo opressivo, os traumas causados pela vigência difusa da ditadura militar. Liguei-me a esse grupo por vínculos de idade e afinidade ideológica e logo mais a um mais jovem e portanto alheio ou indiferente às repercussões explícitas ou latentes dos anos de chumbo.
O primeiro grupo convergia livremente no geral para a casa de Denis Bernardes, a meio caminho do Museu de Arte Contemporânea e dos Quatro Cantos. Lá, num certo momento, o clima era tenso, por vezes nitidamente depressivo. A sombra da ditadura, até suas garras visíveis, perturbava irremediavelmente os espíritos, mesmo os mais expansivos e sintonizados com as expressões gratuitas da vida. Mas penso que a atmosfera abafada derivava antes de tudo de características psicológicas e ideológicas bem marcadas de muitos dos presentes. Eram tipos severos, ensombrecidos por uma mirada austera ou pouco imaginosa da vida. Faltava, em suma, a muitos dos que frequentavam essa roda movente, o vinco de humor, música vivida, fantasia e compulsão erótica que fui encontrar mais tarde no grupo mais jovem.
Sem a intenção de depreciar o prazer ocasional dos nossos encontros, talvez não seja mero preconceito aludir a grupos políticos e ideologicamente identificáveis, sejam militantes ou não, como resistentes ao exercício do convívio gratuito, votado ao prazer puro e simples, até irresponsável. Sugerindo o peso dessa atmosfera com um exemplo extremo, lembro-me ainda de uma noite de sábado durante a qual bebemos e ouvimos música durante horas sem pronunciar uma palavra. Friso que o silêncio não decorria de nenhuma concentração musicalmente mística, ou estado de pura fruição estética, mas do peso opressivo que recobria o espírito dos presentes. Retirei-me mais tarde tão sufocado que logo respirei aliviado quando repus os pés na rua deserta. O poder da ditadura, como um fantasma onipresente, envenenava até a esfera de convívio mais íntimo e gratuito.
Os momentos de maior prazer ou expressão mais espontânea vivi-os sempre à margem do grupo de fluida composição reunido na sala, geralmente nas noites de sábado. Quando de fato conversei, foi entretendo diálogos efetivos com Denis, também com o Filósofo Desvairado, um ou outro interlocutor ocasional. Aliás, ainda hoje, independentemente das circunstâncias históricas em que se processem relações de convívio, acredito que conversa é literalmente diálogo, isto é, conversa a dois. Não tenho dúvida de que conversamos mal porque nossa cultura propicia antes os encontros grupais pontuados por certo atavismo tribal que de ordinário converte nossas reuniões sociais em tagarelice estéril. Nesse sentido, Denis Bernardes se distinguia como um modelo de civilidade dialógica. Também o Filósofo Desvairado, à margem dos excessos em que sempre incorria movido pela droga e a temperatura exaltada do grupo, propiciou-me momentos de autêntica epifania percorrendo a meu lado as ruas desertas de Olinda nas madrugadas de recesso boêmio. Nessas ocasiões, animados pela bebida moderadamente ingerida, compartilhamos diálogos iluminados livremente sugeridos por nossas leituras filosóficas e literárias. Também aí a sombra da ditadura se projetava sobre nossos passos, andava conosco na solidão das ruas, mas a presença palpável, a voz audível era a da angústia existencial, a reflexão sobre nossas vidas insolúveis. Órfãos de uma utopia cancelada pela ditadura, expulsos de um ideal somente concebível dentro de uma ordem participativa fechada pela dura realidade política, buscávamos refúgio no que nos sobrou de existência individual autônoma.
Suponho que fosse o mais desenraizado do grupo. Além de haver praticamente rompido todos meus elos de família e grupo primário, vivia de empregos instáveis e endereços provisórios. Era um judeu errante, salvo o fato de não ser judeu, embora espiritualmente assim me sentisse e ainda me sinta. Afinal, alguns dos espíritos que mais profundamente me marcaram são judeus. Depois de muito mudar de pouso nas ruas do Recife, compartilhei com o Filósofo Desvairado dois endereços em Olinda: um na Rua das Bertiogas, à borda da Ladeira da Misericórdia, outro no Largo dos Milagres. Conviria lembrar que durante esse período Olinda era uma cidade isenta dos riscos e temores que mais tarde passaram a percorrer-lhe as ruas e residências. Vivíamos de portas abertas, despreocupados de medidas de proteção hoje obrigatórias. Nas Bertiogas dormi muitas noites na rede pendurada no terraço aberto para a rua. Até com a minha namorada dormi algumas vezes assim, fazendo amor na rede nas noites escuras e desertas.
Foi durante o período em que morei com o Filósofo Desvairado que transitei do grupo “político”, de ordinário reunido na casa de Denis, para o grupo mais jovem proveniente em larga medida do Colégio de Aplicação. A partir daí a tônica passou a ser a vida de dissipação noturna, por vezes diurna, o excesso estendido ao sexo, à bebida, à badalação nos bares, à vida gasta pelo puro e destrutivo prazer da gastança. Esses eram sintomas do vácuo existencial em que nos movíamos privados de ideal e sonho que imprimissem sentido a nossas vidas. Mas falo provavelmente apenas por mim. Duvido que os outros assim se vissem e assim traduzissem nossa trepidação sem rumo dentro das noites insones.
O Bar Atlântico, depois estigmatizado como Maconhão, foi o grande palco e símbolo desse confuso e espontâneo experimento que pôs pelo avesso valores e angulações culturais e ideológicas expressas em toda a sorte de excesso ali encenado. Ali, numa sucessão de noites febris conturbadas pela droga e a sede desregrada de vida, muita virgem se perdeu (ou se achou), muito marxismo de manual se vestiu de desbunde, muito estetismo existencial rolou sobre as pedras, muita ilusão decadentista afogou-se em ressaca moral, muito sexo se fez e logo se desfez sem escolha ou aderência, não raro também sem gozo verdadeiro. Antes de tudo, o que se vivia e gastava era um teatro da liberação tão fluido e inconsequente quanto conflituoso e incontentado. Foi talvez sem exagero um grande momento de explosão cultural reprimida por uma longa tradição de família ainda pautada por valores patriarcais. Talvez ainda reação inconsciente contra a ditadura que suprimiu do horizonte rebelde daquela geração todas as vias políticas de efetiva atuação sobre a realidade. Dali saímos outros com algumas coisas irreparavelmente perdidas e outras tantas ganhas. Eis o que reconheço ser um fecho acaciano para um curto registro de memórias.
Talvez possa redimi-lo, o fecho acaciano, espichando um pouco mais minhas memórias de Olinda. No Maconhão as identidades se faziam e desfaziam como num jogo de máscaras. O machão desmunhecava, ou pelo menos ia às bordas disso quando a droga o desatava das amarras identitárias convencionais. A menininha de família, orgulho casto de pais repressores, rodava a baiana quando ia alta a madrugada. As mais ousadas, já libertas das mordaças familiares, assumiam sua condição lésbica. Aliás, assumir e assumir-se tornaram-se então moeda corrente nas noitadas permissivas de Olinda. O comunista puritano, impenitente inquisidor da moral burguesa, rendia-se docilmente aos prazeres somente concebíveis nos reinos decadentes da burguesia. E assim rodava a roda da vida sem rumo, assim a louca rodava. Nos intervalos líricos, quase surreais, O Filósofo Desvairado vagava com seu coral de bêbados cantando pelas ruas: La notte è piccola per noi / piccola per noi / troppo piccolina. E assim miraculosamente o espírito de Efraim paira sobre o céu noturno das minhas memórias.
Em tudo pulsava a música. Havia sempre a ruidosa, a abafa conversa, mas nunca excessiva e ditatorial como no presente. No Maconhão eu dançava bêbado nos braços das mulheres. Mesmo na radiola de fichas do Maconhão, antro da marginalidade explodindo na torrente de breguice que hoje nos afoga, ouvia-se muito Chico Buarque, Maria Bethania, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Elis Regina, Gal Costa…Cláudio Ferrário e Pernalonga, narcisos supremos das noites olindenses, desatavam momentos de puro delírio exibicionista ao converterem o rústico salão do Maconhão em palco de dança.
À margem do Maconhão, nosso guia musical era Flávio Brayner, sempre liderando o cordão de bêbados que aportava na casa de Bira e Plínio. Espanta-me hoje recordar a paciência, a tolerância risonha com que nos abriam a porta a qualquer hora da noite. A corrente de bêbados logo tomava-lhes de assalto a casa em cuja sala descansava um piano velho e desafinado. À volta dele e de Flávio Brayner, então ainda pianeiro batedor de martelo, desfiava um repertório que livremente mesclava euforia e dilaceração passional. Esta era sempre associada a Lupicínio. O hino supremo da fossa, esgotada a noite de dissipação, era Ronda, de Vanzolini. Volta, de Lupicínio, transportava-me imaginariamente para os seios arrogantes da musa inacessível, sempre presente a essas farras. Os contornos e proporções dos seus seios eram um puro milagre da natureza. Dizia-os arrogantes porque chegavam antes dela, antes que o corpo, beleza alongada da cabeça aos pés, entrasse no bar, casa, quarto, ou se convertesse em iluminada aparição deslizando sobre as pedras seculares de Olinda.
Na desmedida de tudo, talvez só o excesso conferisse medida à nossa rebeldia sem objeto. Privados de vínculos significativos que nos ligassem, que imprimissem sentido à festa perpétua, tudo se dissolvia no convívio epidérmico, nas relações sem aderência e sem qualquer sorte de comprometimento. O excesso maior se manifestava na bebida. Bebíamos não mais por prazer. O mesmo valia para o sexo, as drogas com suas variantes. Tudo era possível porque nada tinha conseqüências, nem ninguém de resto as buscava. Talvez de início, quando a festa começava, predominasse outro espírito ou ensaio de vida. Mas tudo acabava em excesso, em bebedeiras que atravessavam a madrugada, raiavam com o dia e adentravam a manhã até o limite do torpor ou da inconsciência. Vivi anos me dissipando, bebendo e me misturando com gente que nunca teve a mais vaga noção de quem eu fosse. A recíproca, acrescento, era absolutamente verdadeira.
As mulheres. Quanta tontice e insensatez não cometi por elas, às vezes indo pelos becos e vias mais desastradas. Queria vingar em algumas semanas, ou alguns meses de trepidação dentro da noite, anos de repressão e aridez sexual. Mas cheguei como marinheiro de primeira viagem, levado ao sopro de figurações líricas fruídas no erotismo místico de Manuel Bandeira e Murilo Mendes, na tradição da erótica romântica que soava ridícula naquele pega pra capar. Logo minhas investidas tímidas de lírico foram corrompidas pelo metro da caça e da conquista sem aderência ou medida qualquer de amor. O que prevalecia era o sexo pelo sexo, o gozo fugaz e itinerante. Assim me vi às bordas de um donjuanismo de botequim, alienado do amor que tolamente buscava na pura fruição da carne movente. Tanto desci na renúncia à minha mitologia romântica que certa madrugada rolei pelas pedras entre o mar e o Maconhão e de lá foram resgatar-me enquanto gritava ao vento errante da noite: “Sou o devasso. Quero mulheres…” Mais tarde projetei esteticamente essa cena patética no tio louco e manso de Amarcord gritando do alto de uma árvore: Voglio una donna, voglio una donna…
Foi então que o carnaval de Olinda, mero anexo obscuro do de Recife, começou a expandir-se em energia, vibração febril e colorido. Vivi por dentro e desde o início as explosões dionisíacas do carnaval olindense. O Segura a Coisa, por exemplo, que até forneceu título e inspiração a um frevo de Miúcha, começou como criação espontânea de um grupo de boêmios e marginais de Olinda que saíam pelas ruas batendo lata, qualquer tipo de lata. O Eu Acho é Pouco tornou-se em poucos anos a grande concentração carnavalesca de grupos da classe média, antes recifense do que olindense. Um dia, Marta, no esplendor de sua juventude apaixonante, despencou das nuvens e se confundiu com o mar de balões que pairava sobre a massa delirante do bloco concentrado na Praça da Preguiça. Fiquei paralisado, errante entre a embriaguês e a revelação mística. Ela tocou docemente no meu ombro e disse: “Fernando, você é apenas uma criança”. E se foi levitando, dissolvendo-se na paisagem azul dos balões soprados pela massa eufórica. Havia Marta e havia balões naquele tempo. Havia a deusa dos seios arrogantes. Havia sonhos, que eram antes delírios. Havia a arte banalizada em estetização pedestre da vida. Havia amizades que, cedo descobri, acabavam logo que os bares se fechavam. Mesmo ali, no cerne daquela loucura sem método, havia a mulher como fonte perene de minhas figurações míticas e estéticas. Havia tudo que era já poeira ou nisso se converteu.
Fernando. Puxando pela memória, os anos gloriosos de Olinda começam quando, em plena ditadura, com o prefeito do Recife nomeado pelo tirano militar, Olinda elegeu Germano Coelho, do MDB autêntico como prefeito! A primeira esperança de uma gestão mais à esquerda empolgava os que tinam escapado da repressão mais violenta, e pra lá migraram os comunistas, verdadeiros ou “festivos”, artistas, contestadores, participantes do que restava de movimentos sociais… Foi aí que o carnaval de Olinda, o “carnaval participação” ganhou as ruas e ladeiras. Os encontros se davam, na maior parte das vezes, no bar Cantinho da Sé, onde curtíamos música popular, as músicas dos festivais, com cerveja e queijo de coalho assado com alho (alguns começavam a experimentar , também, a maconha e outras drogas) Passou-se daí a novas experiências, formação de novos grupos e de novos pontos. O maconhão veio bem depois, quando já não havia mais tanta esperança no ar e Olinda tinha virado moda para a classe média, tomando o lugar dos antigos membros dessa “confraria”. A pouca eficiência do governo “socialista” nos trouxe o amargor de mais uma derrota política.
Ester: Você acrescenta a meu esboço de memória uma pincelada que nos ajuda a compreender melhor as motivações políticas da nossa “migração” para Olinda. Minha crônica tem muitas lacunas inevitáveis. Além de ser uma recriação lírica e subjetiva daqueles anos, contém muito poucos fatos e não tem nenhuma ambição de análise mais crítica das minhas memórias. O que tentei, na medida do possível, foi expressar antes um clima geracional do que uma mera memória pessoal e subjetiva.
Fernando, ainda bem que você foi resgatado das pedras, pois só assim podia partilhar conosco suas memórias daqueles tempos, tão permeadas de lirismo. Um leitura deliciosa.
Metendo o bedelho, deixo para depois as reflexões sobre a cordialidade brasileira, pois falaram em Olinda no antanho moderno, contemporaneamente apodada de Sítio Histórico.
Morador do Alto da Sé, na casa que perdi para Luciano, por leniência e necessidade de frequentar a Rio, pelas mesmas razões que os sorumbáticos da casa de Denis onde macambuziavam e, depois, na Porto Seguro, o famoso Beco do Mijo, até os setenta.
Nos oitenta fugi de Olinda para a Praia, com porteiro e elevador, por conta de um descuidista freguês de meus pertences.
Falo isso porque havia outros além dos citados, entre os do Maconhão e os do Cantinho da Sé e que os tangenciavam. Vivam, no entanto, para sempre Gêgerere, Quinas, Aldiphas e tantos outros.
É necessário lembrar o Prefeito Eufrásio Barbosa que acolheu, em sessenta e quatro, antes do melhor entre os alcaides da Marim, isto é Germano, os artistas, poetas, seresteiros e militantes políticos; Adão Pinheiro e todos os pintores que o seguiram; o Mercado da Ribeira e seu bar invadido pela policia e Zélia Barreto; Guilhermão e Silvio Pinangé dentre muitos.
Os relevantes Sônia e Ivaldevan, Guias,Pais e Mestres do Acho é Pouco e do Bêbado e da Equilibrista quando se dançava, cantava e se tratava de política e eleições, entre as barracas de ambos partidos comunistas.
Muitos litros foram bebidos; perigos, esforçados; amores, traídos nas diversas eleições municipais, a de Roberto Freire, por exemplo.
Foi bom o e hoje também. Temos democracia, togados deliberando, alguns parlamentares honrando o voto que receberam, junhos de protestos de massa.
Há um carnaval diferente, mas animado e, sobretudo, Eleições Gerais no ano que vem e as municipais em 2016. Eita frege! Deu certo. Mais ou menos, mas pode melhorar.
Hoje, falando em casa, a caiada, lembrei-me de velho mantra: antes não era melhor, apenas éramos mais jovens.
Para os entrados em anos se animarem Ivaldevan poderia armar uma barraca no carnaval que vem. Eu apoio.
David: Que bom constatar que você puxou o fio desatado por Ester. Assim vocês enriquecem e ampliam factualmente minha crônica que, como já observei, é apenas um registro subjetivo e lírico, além de muito magro em matéria de fatos. Espero que outros contemporâneos puxem outros fios da memória e assim a gente esboce um quadro mais amplo da vida social de Olinda nos anos 70. Ressalto um detalhe muito significativo no seu comentário: sua fuga de Olinda para um prédio com porteiro. Também eu fugi assim e assim muitos outros que nos anos 70 tinham migrado do Recife para Olinda. Acho que esse foi um ponto de inflexão importante na nossa experiência urbana, pois foi a partir daí que a violência e a insegurança se acentuaram.
Caro David: Que bom constatar que você puxou a linha do fio desatado por Ester Aguiar. Espero que outros sigam o exemplo de vocês, pois assim minha crônica será enriquecida e ampliada com fatos que ou não vivi ou omiti devido ao fato de estar escrevendo uma mera crônica de memórias de angulação nitidamente subjetiva e lírica. Registro ainda um fato relevante no seu comentário: sua fuga de Olinda para um prédio com porteiro nos anos 1980. Também eu fugi assim e assim outros que tinham migrado de Recife para Olinda na década precedente. Acho que estamos falando de um ponto inflexão importante na aceleração da violência e da insegurança urbanas que chegaram aonde hoje sabemos e tememos.
Xará, seu texto elegante e sua memória me levaram de volta para os loucos anos 70, as ladeiras de Olinda, as noites animadíssimas de música, álcool, fumaça e muita conversa e sedução (não necessariamente nessa ordem) do bar Atlântico compartilhada com amigos, amigas e conhecidos que moravam ou perambulavam na cidade. Durante certa fase também frequentei muito a casa (sempre de portas abertas) do nosso amigo Denis onde encontrava quase sempre o Filósofo Desvairado (sim, claro que identifiquei a persona) e, às vezes, você. Bons tempos, meu caro. Saudades, abraços, Fernando Azevedo.
Meu querido Fernando: Que prazer ter notícias suas. Você era um dos que eu tinha em mente ao esboçar em algumas linhas minhas memórias das noites olindenses, sobretudo nossos encontros na casa de Denis. Na medida do possível, evitei citar nomes, pois haveria muitos. O Filósofo Desvairado, claro, se reconheceu no esboço de retrato que dele tracei e se divertiu muito comigo através de uma conversa interurbana. No mais, estamos todos vivos, também mais velhos, e espero ainda revê-lo. Um abraço, Fernando.
amigo velho tu és fodança… sim, ouvíamos chico, betânia, gil, caetano no saudoso maconhão. mas, na verdade era sidney magal que iluminava os caminhos até o fortim, para se viver sarros inesquecíveis. tempos em que as belotas eram tão vistosas que dava vontade de emoldurá-las, ao invés de fumá-las. como emoldurado no meu juízo ficou teu lindo texto.
beijos, claudinho.
Claudinho: que surpresa ler você aqui. Já falei de você com Nara, Fernanda (sua irmã), surpreso por não encontrar você nas redes sociais, que é onde todo mundo agora desfila e conversa. De vez em quando vejo você na tv. Talvez por isso você dispense as redes. Pois é, Claudinho, esqueci de mencionar Magal, sobretudo de dizer que você era o Magal dançante do maconhão. Visitei Mirta na escola e falamos de você, claro. Ela quer ainda me casar. Tudo que me restou foi dizer que você já casou com todas as mulheres com quem eu gostaria de casar. Grande abraço.
Amigo, não nos conhecemos, mas peço licença para pegar uma frase linda do seu post sobre as berlotas e citá-la entre as minhas citações poéticas de autores variados. O motivo subjacente é que passei muito tempo e Olinda, na travessa de São Francisco, casa da Pii, e depois na rua do Amparo, e me sinto irmã de todas as pessoas que tem essa vibe.
Boa noite! Acabei de ler \"Olinda Era Uma Festa\" de Fernando da Mota Lima e fiquei encantada. Não só por morar e amar a cidade, mas principalmente porque é citado no texto os encontros realizados na \'casa de Bira e Plínio\'. São os pais do rapaz que amo e gostaria de presenteá-lo com esse número da revista. Ele vai adorar! Espero resposta. Muito obrigada.
Cara Andreza
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Revista Será?
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Os Melhores Anos da Minha Vida quando morei na Rua !!!!da Boa Hora – Olinda Antiga
Tempo Inesquecível. ADOREI ESSAS RELEMBRANÇAS!!!!!!!