#democracia #pacificação #governolula
O Brasil, ontem, deu uma lição de democracia para o mundo. Uma aula de civilidade, por parte da enorme maioria dos eleitores, e de competência, por parte do TSE, na vigilância e apuração dos resultados da eleição.
O clima de radicalização ideológica, que se instalou desde o impeachment de Dilma e em decorrência dos crimes levantados pela Lava Jato, e que tem sido alimentado pelos bolsonaristas, tensionando nossa democracia, dará espaço, agora, à natural tensão entre vencedores e derrotados, entre governo e oposição, como é próprio das democracias.
Claro que a nação saiu dividida, como o resultado da eleição assim o mostra, mas a democracia saiu fortalecida, e agora é tempo de pacificação – como ficou claro no discurso de estadista de Lula, logo após ter sido declarado eleito novo presidente do Brasil.
Sim, é tempo de olharmos para a frente e construirmos um futuro para o país – tão justo socialmente e próspero economicamente como ele é capaz, pelas enormes potencialidades do nosso povo. E nesse futuro não há espaço para a família dividida, amizades rompidas, ou nação fraturada pelo ódio ideológico que nos cega e nos desumaniza.
Já temos fraturas bastante graves e muito mais urgentes para administrarmos, como as seculares desigualdades sociais, a pobreza, o peso de um Estado oneroso e corporativista, e a baixa competitividade da economia.
É tempo de conter as paixões, tão facilmente inflamadas pela desinformação propagada nas redes sociais, dando espaço à razão, essa construção interior mais árdua de se obter, pois tem na sua base dois atributos aparentemente antagônicos: o conhecimento e a dúvida. Mas é com ela que a humanidade tem conquistado seus valores civilizatórios, contendo a pulsão e a barbárie que nos constitui como homens.
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