David Hulak

 

Alvejante cara de pau. 

Presidente de um tal “American Freedom Party”, um tal de William Johnson disse na cara de cara, ou melhor, no ouvido de uma entrevista por telefone feita pela Folha de são Paulo;

“Eu quero só crianças loiras, de olhos claros…não quero que nos tornemos o Brasil”

Que preconceito!

Ele não viu as imagens pela televisão das arquibancadas das arenas brasileiras. Não tinha nenhum negro, tirante torcedores de outros países. 

O Ministro, Gilberto Carvalho disse que no Itaquerão não tinha só a elite branca, pois ele estava lá i viu. Branquelos de diversas classes, mas todos mal- educados. Apesar de terem levado palmadas educativas de seus pais.

 

Nordeste velho de guerra.

Todo mundo tem o seu otimista incurável. O meu é Genebaldo, papa-jerimum de boa cepa que vibrou com a notícia que estão para vir planos governamentais para o Nordeste de 2015.

Aposta que haverá uma SUDENE fortalecida, com poderes para articular os investimentos públicos setoriais na região, estabelecendo diretrizes para o Fundo Constitucional e numa sede novinha, vez que a atual não tem dinheiro que ajeite.

Já que a Confederação do Equador não deu certo, quem sabe uma Nova SUDENE?

 

Semiárido 1 

Dorival Caymmi fez uma viagem com o tatu-bola filho do tatu-bolinha (http://letras.mus.br/dorival-caymmi/688626/). Ficaria feliz em saber que eles vão se multiplicar numa APA da Caatinga.

Como já pediram à Fifa para aplicar em projetos sociais um pouco do que faturou com a Copa 2014 Seu Blatter, cartola mundial e economista suíço, poderia tirar a mão do buraco do tatu suíço e abri-la para os nossos canastra, peba, e bola.

Sera?

 

Semiárido 2  

Sertanejo sempre soube das coisas de onde mora insiste no bode com sabedoria. Até mesmo o BID vai tirar a mão da cumbuca e aplicar milhão de dólares numa APL de caprinocultura em Pernambuco. Biorelação ecologicamente correta. Bode e burra-leiteira, catanduva, feijão bravo, faveleira, trapiá e violete, dentre outros

Gado bovino é mestiço fracote do litoral que fica neurastênico e morto de sede na seca.

Como sempre disse um dos meus gurus, Deminha, nordestino celebérrimo e capra- aergangrus cultor: “bode come para cima e boi para baixo”.

Grande Deminha! Boi precisa de pasto e bode se vira nos arbustos, mesmo aqueles que se gente comer pode estrebuchar.

 

Conservador. Podem esculhambar. 

Tenho nada contra o Novo Recife do jeito que está e que ficará com mais mitigação daqui a trinta dias.

Pera, pera! Não tenho nada a favor do pau quebrando na rapaziada, profissionais liberais, estudantes, funcionários públicos recém concursados; moças e rapazes que tem todo o direito de chiar e montar um particular woodstock. Sou contra a truculência. Em tese e porque já fui truculado.

Penso, no entanto, que neguinho – ops, puxa, perdão, desculpe! – a rapaziada, foi visceralmente contra o Marco Zero e o Dona Lindu (eita nominho polêmico!) que hoje são usados por todo mundo, numa boa.

Passo muito pela rua Imperial de carro, como carona, ou em taxi, pois andando dá paura, mesmo de dia.

De lá não se vê a paisagem do riomar propriamente, tão lindo quando passo pelo cais nos mesmos veículos supracitados.

No entorno, só habitações subnormais, para usar um termo que os urbanistas da antiga FIDEM, um eufemismo.

Dizem que agora vai rolar empregos, empreendimentos, praça de contemplação, parque e a grande diversão que será ver o viaduto de maluco implodir.

Dizem que não ia ter nada disso e tudo foi conquistado pelo chiada da rapaziada. Beleza, Irado!

Vai levar outros dez anos para que fique pronto e espero ainda estar vivo para ir contemplar os barquinhos indo e voltado quando cairá a tarde e encontrar ex-rapazes e ex-moças lato sensu, com escritórios nos “espigões”.

Remember Paris, 68, e os anos subsequentes