Amigos do Mar – Clemente Rosas
Amigos? Talvez não seja adequada a expressão, pois desde sempre os tenho pescado, e mesmo impiedosamente caçado, por algum tempo, no fundo de suas locas. Mas sempre com a autoimposição de comê-los, pois é da natureza humana comer outros viventes de carne e osso. Como disse Augusto dos Anjos, com sua habitual amargura, na segunda estrofe do poema “À Mesa”:
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